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Rio de Janeiro

Candidato do PCO ao governo: “a PM é uma máquina de guerra”

Luiz Eugênio Honorato, membro fundador do Partido da Causa Operária, é candidato ao governo do Rio de Janeiro

Em mais um episódio da série de entrevistas relativas às eleições de 2022, o Diário Causa Operária entrevistou Luiz Eugênio Honorato, candidato ao Governo do Rio de Janeiro pelo Partido da Causa Operária (PCO). Metalúrgico aposentado, Luiz Eugênio participou da fundação do PCO, bem como das lutas que resultaram na criação da CUT.

Diário Causa Operária: pode começar nos contando um pouco sobre a sua história?

Luiz Eugênio: sou militante político do movimento popular e sindical. Estive na fundação do PT na minha cidade, na fundação da CUT na região, assim como participei da Corrente Causa Operária e, posteriormente, da fundação do Partido da Causa Operária. Sou, mais uma vez, candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PCO.

DCO: no Rio de Janeiro, vemos que a esquerda abandonou completamente a luta dos trabalhadores para fazer alianças com a direita. Nesse sentido, como a sua candidatura se destaca?

LE: a esquerda, no Rio de Janeiro, está em franca decomposição. Estão adaptados a um regime imposto pela política neoliberal, pelo identitarismo e pela terceira via, buscando um espaço nesses “ares”. O único partido que se declara contra todo esse estado de prostração política é o PCO, que tem atuado ativamente em todas as mobilizações, em todos os movimentos e em todas as frentes de luta.

Não só lançamos uma candidatura própria, estamos representando uma concepção revolucionária de esquerda, de expectativa e perspectiva de saída desse estado que está em franca decomposição, chamando, também, à luta por Lula presidente.

DCO: um ponto importante, no Rio, é a questão da Polícia Militar. Como o Partido entende esse ponto? Qual a sua política para isso?

Exclusivo: veterano de 99 anos que lutou na 2ª Guerra fala ao DCO

LE: somos pela dissolução da PM. A PM é máquina assassina de pobres, negros e favelados. Mata mais do que guerra. Achamos que essa máquina de guerra à serviço dos patrões não tem nenhuma necessidade.

Ao invés disso, nós somos favoráveis à formação de milícias populares, ou uma guarda popular, sob o controle da própria população, eleições para os cargos de segurança e com mandatos revogáveis.

DCO: No começo deste ano, tivemos uma grande mobilização na CSN. Vocês participaram disso? Qual o papel da mobilização do povo dentro da sua candidatura?

LE: a greve da CSN foi um levante dos operários que já não aguentavam mais a política de uma direção sindical que estava totalmente controlada e dominada pela CSN – a empresa. Então, nesse levante dos operários, conseguimos, pela primeira vez, que houvesse uma eleição sem o controle da CSN e sem o controle do próprio sindicato patronal.

Nós, da luta metalúrgica, éramos a força mais organizada, mas ainda pequena para poder dar aquela virada de mesa. Todavia, avançamos muito como uma força alternativa e vamos tentar manter o padrão da independência do processo eleitoral para poder fazer valer a vontade dos operários na sua direção do sindicato.

Independentemente disso, vamos continuar o nosso trabalho na porta de fábrica, na orientação dos operários, e chamando sempre eles a se organizarem e a lutarem pelos seus direitos, para o resgate de tudo aquilo que foi levado pelo governo de Bolsonaro e por Temer: a devastação do emprego, a questão da previdência, a terceirização etc.

DCO: você é do Coletivo Sindical do PCO, certo? Pode citar alguns pontos de seu programa para os trabalhadores?

LE: a Corrente Sindical Nacional Causa Operária fez uma conferência e traçou as políticas a serem levadas a todos os movimentos operários e sindicais do País. Nós caracterizamos que o maior flagelo humano no momento é a questão do desemprego.

Então, temos a bandeira de 35 horas semanais, ou seja, reduzir a jornada de trabalho para que todos trabalhem; a reintegração de todos os demitidos durante a pandemia; melhorias salariais, ou seja, um piso salarial nacional equiparado, pelo menos, ao do Dieese, que está em torno de 7.000 reais por mês; a reposição da inflação que, em determinados lugares, deve ser de 50% o seu valor original; e muitos outros pontos que podem ser discutidos em nossa reunião aberta semanal. Basta entrar em contato com o número 47 99155-2525 para participar.

Freixo: tem que “botar bandido na cadeia”. 2022 é Luiz Eugênio! - Central do Brasil nº 38 - 18/08/22

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