O Partido da Causa Operária por meio de sua plataforma, Universidade Marxista, irá lançar a partir do dia 7 de fevereiro um dos mais importantes cursos de formação política já dados pelo partido, em mais de 20 anos de realização do seu projeto de formação. Sob o tema da história do Brasil, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta iniciará uma exposição que abarcará os mais de 500 anos de história nacional, com uma análise marxista, muito diferente daquelas que são expostas nas escolas e universidades.
500 anos de história nacional
Dividido em quatro módulos, o curso terá em sua primeira etapa uma análise sobre os três primeiros séculos desde a chegada dos portugueses no nordeste do país. Iniciando com uma exposição sobre o desenvolvimento da sociedade indígena existente no Brasil e na América Latina naquele período, Rui Costa Pimenta irá explicar como se deu os primeiros passos para a estruturação da nação hoje conhecida como Brasil.
O primeiro módulo ainda contará com uma análise sistemática sobre a colonização portuguesa, como se deu a divisão política no território brasileiro e as primeiras ações que passaram a consolidar este território como um dos maiores do mundo. Tratando ainda do bandeirantismo, Rui Costa Pimenta debaterá diversos assuntos polêmicos, muitos deles mal compreendidos pela própria esquerda brasileira, que sob a bandeira do identitarismo incrimina aqueles que foram responsáveis pelo desenvolvimento e pela história nacional.
Foi inclusive graças a esta polêmica que a necessidade da realização deste curso se deu na ordem do dia. Em 2020 e 2021, movimentos se espalharam pelos Estados Unidos e Inglaterra com uma política de queima de estátuas e destruição de monumentos históricos que estariam representando figuras opressoras que em um determinado momento no passado atacaram negros, mulheres e índios. No entanto, esse movimento estrangeiro ligado ao chamado movimento “woke” rapidamente chegou ao Brasil por meio da esquerda pequeno-burguesa identitária. Dessa forma, sem qualquer razão, estátuas de figuras como Pedro Álvares Cabral, do bandeirante Borba Gato e do escritor Pero Vaz de Caminha, foram atacadas por agrupamentos sem qualquer ligação social aos trabalhadores, alegando estarem fazendo “tábula rasa” da história nacional. O acontecimento defendido sobretudo por figuras como Guilherme Boulos do PSOL foi uma demonstração de ataque à história nacional, ou seja, ao próprio país.
Estas posições são fruto de uma grande incompreensão da esquerda brasileira sobre a própria história nacional, analisando da mesma forma que a burguesia e o imperialismo descrevem. Dessa forma, a função desta universidade não será apenas explicar com uma análise verdadeiramente marxista os acontecimentos, mas esclarecer ponto a ponto os principais eventos históricos da nação que até hoje se mantêm incompreendidos por muitos.
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Dessa forma, já no primeiro módulo o curso irá esclarecer o que de fato representou a colonização portuguesa, que correspondeu a um avanço na recém formada sociedade brasileira, como também, explicará por que os tão atacados bandeirantes na realidade tiveram um papel fundamental na consolidação do território brasileiro como um dos maiores do mundo, servindo de base para o desenvolvimento da nação como um todo.
Além disso, iniciará uma ponte para o segundo módulo mostrando que a independência brasileira foi muito longe de ser, como diz a esquerda brasileira, um mero acordo “entre elites”, mas sim um verdadeiro movimento revolucionário que explodia em todo Brasil. No mesmo sentido, o módulo 2 irá explicar por que a abolição da escravatura na realidade só ocorreu para conter a revolução negra que organizava-se em todo país, um fator importante e sempre esquecido pelos ditos “historiadores”.
Mais à frente, o terceiro módulo acabará com o mito de que o Brasil nunca teve uma revolução, explicando sobre os eventos que marcaram a revolução de 30, desde a primeira greve geral no Brasil, um marco da organização da classe operária brasileira, bem como da fundação do Partido Comunista Brasileiro.
Do ponto de vista cultural, o curso também fará uma importante análise das transformações de diversas vanguardas artísticas na história nacional, com especial destaque para a Semana de Arte Moderna ocorrida em 1922 e que faz neste ano 100 anos da sua realização. Mesma data é a de formação do PCB e, retornando um século, da independência nacional, que completa, em 2022, 200 anos desta conquista.
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Após estes acontecimentos, o módulo quatro discutirá o período posterior ao Estado Novo, explicando sobre outro fenômeno pouco compreendido na história nacional, que são as mudanças do governo de Getúlio Vargas, de um semi-fascismo como descreveu Trótski, para um governo nacionalista inclinado à esquerda. Além disso, tratará do golpe que o derrubou e todo o período da ditadura militar, culminando por fim nos dias atuais, na eleição do Partido dos Trabalhadores e no novo golpe de estado orquestrado pelo imperialismo.
Dessa maneira, o Partido da Causa Operária irá dedicar todo o ano da Universidade Marxista a um estudo aprofundado e único da história brasileira. Este é um curso sem igual, o primeiro do tipo a se aprofundar tanto na questão nacional e principalmente o primeiro a fazê-lo sob um análise marxista, de um partido com mais de 40 anos de experiência.
O principal é que a análise feita pelo PCO não ignora, como muitos historiadores, os fatores econômicos e a luta de classe, mas sim se baseia nestes problemas para compreender o desenvolvimento nacional, sem se apegar a uma análise moral da realidade como faz toda a esquerda burguesa.
Por esta e outras qualidades, o curso de formação que se iniciará já no dia 7 é imperdível. Acesse universidademarxista.pco.org.br e se inscreva!
