Nesse dia 26, teve início a aguardada segunda parte do Curso “O que foi o Stalinismo – Parte 2” promovido pela Universidade Marxista do Partido da Causa Operária. O curso está sendo mais uma vez ministrado por Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, que é especialista no tema.
A segunda parte do curso começou com uma recapitulação dos assuntos tratados na primeira parte, em que Rui falou brevemente sobre os temas discorridos sobre a Revolução Russa de 1917 que culminaram no Stalinismo e suas características. Citou resumidamente os eventos abordados que se sucederam até o fim da Segunda Guerra Mundial com a Conferencia de Ialta, realizada entre Stalin, Churchill e Roosevelt na Criméia em fevereiro de 1945.
Sobre essa conferência e os acontecimentos que sobrevieram, Rui abordou principalmente as ações contrarrevolucionarias da União Soviética Stalinista em conjunção com o imperialismo capitaneado pelos EUA e pela Grã-Bretanha. Apontou que as ações Stalinistas foram responsáveis por impedir que a dissolução capitalista com o fim da guerra nos países do Leste Europeu levasse a revoluções socialistas generalizadas que progrediam e eram impulsionadas em todos aqueles países pelos movimentos operários que se organizavam inclusive na Alemanha. “O stalinismo, ao invés de impulsionar a revolução socialista nesses países, leva adiante uma política de contenção da revolução. A mesma coisa aconteceu na Itália e na França”, disse Rui. “A importância desse fato é muito decisiva, por que se o capitalismo tivesse sido soterrado na Europa nesse momento, o destino do mundo seria completamente diferente”, acrescentou.
Em síntese, Rui classificou o stalinismo como o principal responsável pela restauração e manutenção do capitalismo europeu, e assim do imperialismo, em seu momento de maior fragilidade. Tal evento, segundo Rui, no fim das contas, foi uma passo decisivo que impediu a revolução socialista mundial, pois o capitalismo em si não teria como se sustentar com a existência de apenas um país capitalista principal que seria os Estados Unidos naquele momento.
Nesse ínterim, teve início um movimento que apelava para uma reconstituição da democracia burguesa e não para a instituição do socialismo, o que, impulsionado pela União Soviética stalinista, tornou os partidos comunistas da época no principal apoio dos Estados e dos governos contra os movimentos operários. “Toda a política do stalinismo é uma política contrarrevolucionária”, disse Rui.
A seguir Rui explana brevemente sobre o Plano Marshal e o início da chamada Guerra Fria. E “A Guerra Fria é apresentada como um conflito entre a União Soviética e o imperialismo norte americano, o que é uma visão distorcida dos acontecimentos”, disse Rui. “A Guerra Fria é na verdade uma vasta operação política reacionária do imperialismo para retomar o controle dos países atrasados”, completou.
Assim, a dinâmica bastante atraente do curso seguiu, como de costume, com as perguntas da audiência e as respostas de Rui.
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