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A crise no Brasil

“Lula 2002 vs. 1989”: Veja a última Análise Política da Semana

Rui Costa Pimenta analisa os principais fatos da semana sob uma ótica marxista.

O companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, no programa Análise Política da Semana da COTV, principal programa da grade apresentado todos os sábados, 11h30, analisou os fatos da semana fazendo alguns esclarecimentos com relação ao coronavírus. A pandemia no país está provocando uma matança do povo brasileiro. Minimizada pela propaganda da burguesia, que vê o problema do ponto de vista abstrato, essas mais de 330 mil mortes podem redundar para meio milhão de pessoas, vítimas do descaso oficial do governo Bolsonaro e de mais de 6 mil militares do governo, igualmente culpados pela tragédia.

Além da falta de insumos hospitalares, de cilindros de oxigênio, de equipamentos de respiração, de UTI e de vacina, Rui Costa Pimenta destacou a perda de pessoas conhecidas da política, como o companheiro e militante Luiz, proprietário do Sebo Pindorama, em Brasília, e a mãe da companheira de luta Ana Ribeiro, para os quais e todas as demais vítimas o companheiro Rui deixou seu pesar em nome do partido.

Rui Costa Pimenta abordou a questão da responsabilidade sobre o combate à pandemia. Depois de um ano de pandemia, a maioria esmagadora dos governantes não apresentaram um plano viável de combate ao vírus. Com isolamento seletivo e ajuste fiscal, sem investir dinheiro para enfrentar o problema, o principal culpado é o governo federal, sem isentar de culpa govenadores e prefeitos.

Rui Costa Pimenta destacou também um segundo aspecto na política de combate ao coronavírus. O companheiro afirmou que existe uma tentativa de desvincular os militares dessa tragédia, deixando a culpa apenas com Bolsonaro, uma manobra política para procurar alternativa a Bolsonaro que não seja de esquerda. Os militares apresentaram um plano para conter a pandemia nas Forças Armadas, mas no plano geral para a população nada foi feito, tudo correu solto, denuncia Rui. A política criminosa em marcha no país é de conjunto da burguesia nacional, ligada à politica neoliberal, de contenção de gastos para o povo. É por esse motivo que não existem leitos de UTI, planos de testagem, agentes de saúde para identificar os principais focos da pandemia e poder promover um isolamento coletivo, enfim, esses governos sabem o que deveriam fazer, mas, para poupar o dinheiro dos estados para os capitalistas, podemos caminhar para meio milhão de mortos. Os militares são os responsáveis também pelo golpe de 2016 e a fraude das eleições de 2018, além de estarem por detrás das comemorações da ditadura de 1964. Rui desmascara ainda a ideia de que os militares estão insatisfeitos com o governo Bolsonaro, mas a presença de seis mil deles no governo prova que isso não é verdade.

O companheiro Rui Costa declara que a solução para o coronavírus é a vacina. Um outro plano agora seria um tanto quanto tarde. Para Rui, “o governo Bolsonaro e todos os governos estão com um pequeno problema: não há vacinas para vender. Essa é uma questão que fica obscurecida. Por que não há vacinas para vender?”, questiona Rui. Segundo ele esse é um empreendimento macabro, pois as empresas capitalistas têm interesse em vender a vacina à custa do sofrimento de bilhões de seres humanos que não têm dinheiro para comprar remédio e nem têm um atendimento médico necessário. “São as monstruosidades do capitalismo que ficam ocultas aí, porque ninguém coloca às claras”, denuncia Rui.

Na segunda parte da análise Rui Costa Pimenta analisou as comemorações oficiais em homenagem ao golpe de 1964, o qual em seus 21 anos de ditadura torturou e assassinou militantes, censurou e fechou sindicatos, partidos e perseguiu centenas de pessoas. Comemorar um golpe é um crime, levando em conta o ataque à liberdade de expressão do deputado Daniel Silveira, que elogiou o AI-5 e por isso foi preso a mando do STF, o qual, em situação semelhante, nada fez em relação às aberrantes celebrações do golpe de 64. Rui Costa segue defendendo a liberdade de expressão de forma irrestrita, do contrário, não é liberdade. Critica a ideia do filósofo Karl Popper segundo a qual devemos ser intolerantes com os intolerantes; e desmascara a luta de direitistas contra o fascismo e o bolsonarismo, uma tremenda fantasia e farsa política.

Rui analisa também a entrevista de Lula ao jornalista Reinaldo Azevedo, direitista e golpista arrependido, que está a serviço da burguesia para enganar a esquerda, depois de anos de ataques ao PT e às políticas progressistas do partido dos trabalhadores. Revela que ninguém apoiará o PT ou a esquerda, a luta contra Bolsonaro é uma farsa, pois entre Lula e Bolsonaro a burguesia ficará com Bolsonaro.

Rui compara a luta política que se travará em 2022 com as eleições de 1989, quando a burguesia manobrou de todas as formas para derrotar Lula. Se o PT seguir a linha da política de 2002, com alianças direitistas, desmoralizantes, com aceno ao neoliberalismo, poderá perder as eleições. Para ganhar as eleições de 2022 é preciso lutar, pois não há nada garantido, necessitando de um plano de luta e apelo popular, sem aceno para a burguesia, pois essa análise é vista de um ponto de vista prático. Eleições do tipo de 1989 ou de 2002, Rui recomenda a eleição de 1989.

Rui Costa encerra convocando todos para uma grande mobilização no primeiro de maio em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho, alertando para os erros praticados no ano passado, quando vários inimigos da classe trabalhadora participaram da manifestação virtual. Essa nova manifestação presencial tem que colocar em pauta todos os problemas da classe trabalhadora: vacina, quebra da patente, desemprego e a candidatura de Lula, dentre outras lutas.
 

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