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Carta aos companheiros

Dia 18 lutamos nas ruas contra as sabotagens

Não existe frente ampla com a direita em manifestação de rua

Dia 18 foi mais uma vitória do movimento popular sobre o setor frenteamplista, e mais um passo na luta contra a atuação do imperialismo no Brasil. Após a última manifestação no dia 24 de julho, esses setores da esquerda rapidamente correram aos jornais da burguesia para declarar que o ato seria no dia 7 de setembro. Tentaram por todos os meios sabotar as manifestações, primeiro tentando abrir um buraco de 40 dias entre as manifestações, depois, quando a manifestação do dia 18 foi marcada, boicotando-a por todos os meios possíveis. 

Até a última segunda antes do ato, que foi na quarta-feira, não havia sequer divulgação na internet por parte desses partidos. PSOL, PCdoB, PCB, UP, e as demais centrais sindicais não fizeram o mínimo para a convocação que era fazer um trabalho nas redes sociais. Quando feito por algumas das organizações citadas acima, foi feito de modo tímido e em cima da hora. Ficou claro para todos aqueles que se empenharam para organizar o dia 18 que além de um boicote houve uma imensa sabotagem. 

Porque sabotaram o ato do 18? A resposta é mais simples do que parece; não existe frente ampla com a direita em manifestação de rua, e muito menos quando se trata da contra as privatizações das estatais brasileiras. Já imaginaram o PSDB num ato contra a privatização dos Correios? Ou até mesmo Eduardo Paes (DEM-RJ) em um ato contra a privatização da Cedae? Nem se quisessem muito enganar a população conseguiriam pisar em um ato cheio de servidores públicos. A final no quesito privatização Bolsonaro é apenas o contínuo (ou office boy), o patrão de verdade, os campeões olímpicos, a ala ideológica do neoliberalismo é o chamado centrão, sobretudo DEM e PSDB. E é com esse setor que a esquerda busca fazer um acordo e apelidou de ala progressista e de mal menor.

Uma das táticas mais efetivas para sabotar os atos, além do silêncio, é o fato de mudar o local do ato consecutivamente. No Rio de Janeiro, por exemplo, os atos vinham acontecendo no pior local possível, a estátua do Zumbi em meio à Presidente Vargas, mesmo podendo fazer na Candelária ou na Cinelândia, lugares históricos no Rio de Janeiro, a estátua, mas além de ser num local isolado e dos organizadores nunca fecharam todas as vias, dando um ato caótico ao ato, sempre marcam para 10h da manhã. Pois bem, desta vez seria impossível marcar no meio da Avenida mais movimentada de toda cidade, a polícia nunca deixaria, ainda mais em horário de pico (não dava para marcar um ato de servidores no meio da semana na parte da manhã, um boicote desse tamanho poderia sair pela culatra), foi então marcado na Candelária, às 16h, mas ao invés de fechar a avenida e ir até a Central, ou até a Cinelândia como historicamente é feito, a passeata se dirigiu ao Buraco do Lume, local desconhecido para muito manifestantes é péssimo para realizar um ato. Além de escuro é apertado e tem pouco, ou nenhum destaque. Levaram a manifestação para um local onde seria possível escondê-la. 

Em São Paulo, onde o problema do local ainda não tinha se manifestado, desta vez ao invés de convocar para o MASP, onde aconteceram todas as manifestações até agora, o ato foi convocado para a Praça da República. Mudar os locais das manifestações serve apenas para confundir as pessoas e acaba inevitavelmente esvaziando as manifestações. 

Mesmo com todo esse esforço de frear as manifestações, dia 18 conseguiram ser expressivas. Uma prova do potencial das manifestações, e da revolta dos servidores públicos. O dia 7 de setembro já está batendo na porta e mais um boicote se prepara. Bolsonaro já se prepara para o desfile militar.

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