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João Pimenta

Estudante da USP. Colunista do Diário Causa Operária, membro da Coordenação da AJR e do Comitê Estadual do PCO de São Paulo. Autor do Livro “A era da Censura das Massas”.

Crise

Vitória do Talibã desmascarou falta de apoio popular de Biden

Ao contrário de Trump, o governo de Biden não tem base social alguma

Conforme este Diário vem denunciando, a vitória de Biden se tratava de mais uma manobra eleitoral do imperialismo. Esses sanguinários, que fraudam eleição no mundo todo, não tiveram qualquer dificuldade em fraudar as eleições em seu próprio país, com a ardilosa técnica do voto por correio, além dos investimentos da burguesia no candidato que, de forma mais acabada, representava seus interesses.

Nisso, ele se difere de Trump. Trump, que é um fascista, um candidato da extrema-direita, tem uma base social real, uma base de apoio. Ele encontra esse apoio em uma pequeno-burguesia reacionária, fascista, mas não só: ele encontra apoio, inclusive, em certos setores da classe operária. São os setores que foram empobrecidos e falidos pela política do genocida Barack Obama, que tinha Biden como seu vice. A produção industrial foi destruída em diversos estados dos EUA, gerando um fortíssimo desemprego. E esses setores da classe operária, que estavam sem rumo, viram em Trump a sua salvação – embora, é claro, de maneira equivocada. Mas, em que pese isso, Trump tinha uma base social real, construída por uma simpatia de setores da sociedade a ele. Bernie Sanders, também a tem. Já Joe Biden, não.

O político favorito do imperialismo para as eleições de 2020 era ele e, apenas por isso, ele conseguiu obter tal cargo: só com muito investimento, totalmente desproporcional aos outros candidatos, mas ainda assim com muita fraude. Quem, de fato, votou nele, não votou por simpatia, por apoiá-lo: votou pelo terror feito pela imprensa lacaia do imperialismo, pelo terror de que Trump seria muito pior, seria o Diabo na Terra. Mas, de maneira alguma, por apoiar alguma reivindicação de Joe Biden, alguma proposta sua. No máximo, estava imerso na campanha perdida e reacionária do candidato do Partido Democrata, naquela campanha identitária, que usa “elx”, “elus”, enquanto bombardeia o Oriente Médio. Mas mesmo isso só vale para alguns setores da pequeno-burguesia liberal, bem pensante, que gosta de se sentir moralmente superior.

Meses depois, o Talibã toma Cabul, e sua vitória e, por conseguinte, a grande conquista da classe operária internacional, prova que: não, Biden não tem base social real. Após os heróis do Talibã tomarem Cabul, capital do Afeganistão, expulsarem o governo fantoche de lá e aquecerem o coração de todos os trabalhadores do Oriente Médio e de todo o mundo com a esperança da vitória contra o imperialismo, o governo do “democrata” identitário começou a desmoronar, como pó. Já se cogita mudar toda a equipe de política externa dos Estados Unidos. A situação política começou a tencionar-se de maneira total: nem mesmo os jornais burgueses, maiores porta-vozes de Biden até o momento, escondem a gigantesca crise que se abriu com a derrota dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Os Estados Unidos usam o identitarismo como forma de manipular a opinião pública em favor de seus interesses e como, por consequência, o Talibã é completamente contrário aos interesses do imperialismo, como representa a libertação dos povos, uma força para o Hamas (grupo de luta pela independência da Palestina), para Cuba, para todos os revolucionários. Entretanto, não se vê nessas propagandas, nenhum reflexo de base social para Biden, porque ela não existe. Seu governo entrou em verdadeira debacle! Isso é denunciado pelo The Economist, pelo Washington Post e pelos principais jornais do imperialismo.

A vitória do Talibã pôs o imperialismo na defensiva, pôs o governo macabro e inimigo do povo de Joe Biden em grave crise, é um em motivo de desespero para todos os vampiros da burguesia, que recorrem à sua histeria identitária clássica, mas nem isso é capaz de esconder a realidade: estão em crise, estão em debacle; de maneira que a vitória dos heróis do Talibã é um gigantesco ganho para toda a classe operária, para todos os trabalhadores. No Afeganistão, ao contrário do que bradou a burguesia e seus analistas, isto é, seus empregados, a classe trabalhadora não saiu com medo do Talibã, longe disso.

Os mentirosos, os malfeitores, os sanguessugas do imperialismo, aqueles velhacos propagadores, eles sim, de notícias falsas, saíram por aí dizendo que os moradores do Afeganistão estavam “fugindo” do Talibã – quando uma guerra de mais de 20 anos acaba, é natural que o lado perdedor fuja. Mas os trabalhadores vibraram e festejaram com a vitória do Talibã!

Quando, em 2001, Osama Bin Laden coordenou o ataque às Torres Gêmeas, no Carnaval seguinte, os trabalhadores brasileiros todos festejaram com fantasias em alusão ao acontecimento. O imperialismo é amplamente odiado em todo mundo, sua derrota é vista (porque de fato o é) como uma vitória da classe operária. Não há, nem poderia haver, nos meios dos trabalhadores uma identificação com seus algozes, nenhum trabalhador do Afeganistão apoiava o governo de ocupação que bombardeava reuniões com mais de 4 pessoas, que bombardeava casamentos, que bombardeava centenas de vezes ao dia seu país. A vitória do Talibã foi uma libertação para eles! Agora é hora de explorar as contradições do imperialismo, mobilizar os trabalhadores americanos e de todo o mundo contra Joe Biden, contra seu governo sanguinário, contra todo imperialismo de conjunto! Viva a vitória do Talibã! Fora imperialismo do Brasil! Fora Biden!

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