O Primeiro de Maio foi realizado em diversos países do mundo. Com a justificativa da pandemia de Covid-19, a esquerda no mundo capitulou diante dos maiores ataques aos trabalhadores realizados pela burguesia com o agravamento da crise.
Mas em diversos países, a esquerda buscou se manifestar nas ruas de uma maneira que não houvesse contaminação para mostrar aos trabalhadores a possibilidade de organização e a necessidade de fazer isso de maneira independente.
No Paquistão, organizações trabalhistas fizeram em ato exigindo melhorias nas condições de trabalho, durante o Dia Internacional do Trabalho, em Karachi.
Na Grécia, a Confederação dos trabalhadores do setor privado (GSEE) e do sindicato PAME organizaram uma manifestação na Praça Syntagma, no centro histórico e turístico de Atenas, onde fica o parlamento do país. Com máscaras e luvas, os organizadores usaram fitas métricas e grandes quadrados coloridos para definir as posições dos manifestantes e centenas de pessoas participaram.
Em Portugal, a pandemia também não impediu que centenas de pessoas enchessem os gramados da Alameda, em Lisboa, para celebrar o 1.º de Maio. A manifestação convocada pela CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses), foi para protestar também contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e ao sistema de saúde que ficou revelado com a pandemia.
Na Alemanha grupos de esquerda mudaram o ato de 1° de maio, que seria virtual, para as ruas para enfrentar a extrema direita que estava organizando uma manifestação no mesmo dia contra o confinamento e se enfrentaram nas ruas de Berlim.
Na Espanha o ato ocorreu na cidade de Zaragoza organizado pelo sindicato Intersindical de Aragón.
Já no Chile, as manifestações foram em confronto com policiais que queriam proibir o ato de primeiro de maio e os trabalhadores deram uma resposta e 57 pessoas foram presas. Da mesma maneira ocorreu na Turquia, onde os trabalhadores e sindicalistas entraram em forte choque com a polícia na Praça Taksim, Istambul. Dezenas de pessoas foram presas, incluindo sindicalistas e uma deputada de um partido da esquerda.
Foi registrada manifestações na Guatemala, em protesto contra a situação dos trabalhadores, em especial da área da saúde.
Houve mais manifestações em outros países com várias maneiras de ir às ruas para mostrar a burguesia de seus países que vão organizar os trabalhadores contra os ataques potencializados pelo coronavírus.
Esses atos demonstraram que é uma enorme covardia das direções sindicais, partidos políticos de esquerda e movimentos populares em não ir as ruas para organizar os trabalhadores e deixarem a própria sorte com o agravamento da crise.