Na última semana, o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declararam que estão estudando a possibilidade de um boicote “diplomático” aos jogos olímpicos de inverno na China em 2022.
Segundo a revista imperialista The Times, esta seria uma ação de protesto contra “a situação de direitos humanos na China”.
Com isso, o chefe do Comitê Olímpico da Rússia (COR), Stanislav Pozdniakov, se manifestou contrário ao boicote, denunciando seu caráter oportunista.
“Nem eu e nem meus colegas são favoráveis a estes boicotes políticos, porque eles estão arruinando a integridade dos Jogos Olímpicos. […] (os boicotes) são absolutamente absurdos do ponto de vista do esporte”, colocou Pozdniakov.
O fato é que, ao contrário do que assinala Biden e Boris, não existe “situação de direitos humanos” na China. Ao se referir aos acontecimentos dos últimos anos, como as manifestações em Hong Kong, procuram mascarar que, na realidade, o que ocorre é uma investida do imperialismo contra a autonomia da China.
Nesse sentido, o boicote aos Jogos Olímpicos não passa de uma grande chantagem e precisa ser denunciado como tal. A China possui todo o direito de se defender contra os Estados Unidos e a realização das Olimpíadas de Inverno não deve estar condicionada a um recuo chinês frente aos venáis ataques do imperialismo.