Nesta última quinta-feira (5), o presidente russo Vladimir Putin anunciou que vai retomar a fabricação de mísseis banidos por um acordo nuclear estabelecido durante a Guerra Fria. O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) foi cancelado no mês passado, após o governo norte-americano acusar a Rússia de violar o pacto, afirmação negada por Moscou. Durante o seu discurso no Fórum Econômico Oriental, que ocorre na cidade de Vladivostok, no extremo oriente, Putin ainda disse que estava preocupado com a possibilidade dos EUA posicionarem mísseis no Japão e na Coreia do Sul, que seria uma ameaça muito clara ao território oriental do país.
O retorno da fabricação de mísseis significa uma política defensiva por parte dos russos contra as ameaças sucessivas do imperialismo dos EUA. Estes, para que posssam manter um controle mais fácil sobre o mundo, precisam impedir qualquer iniciativa de defesa por parte dos demais países. Logo, a retomada da produção dos projéteis e tê-los à disposição a qualquer momento para uma situação de ameaça militar é uma medida correta e essencial para que o país possa se proteger das ameaças dos norte-americanos.
Os EUA sempre tentaram manter o controle sobre o poderio bélico da Rússia através do acordo nuclear. A crise política do imperialismo, e por consequência, a sua dominação que é exercida sobre os outros países, encontra-se agora mais enfraquecida e força os norte-americanos a tomarem medidas mais drásticas, como neste episódio, em que há o abandono do tratado e a retomada da fabricação de armamentos outrora banidos.