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Honduras

Xiomara Castro assume nesta quinta em meio a golpe em marcha

Xiomara Castro “está sofrendo um golpe antes mesmo de tomar posse”, afirma Rui Costa Pimenta

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A presidenta eleita de Honduras, a esquerdista Xiomara Castro, vai tomar posse nesta quinta-feira, 27. No entanto, o país vive numa intensa crise política, com dois “presidentes” do Congresso desde domingo, 23. No prédio do Parlamento hondurenho, assumiu o deputado Luis Redondo, que é apoiado por Castro e o partido Libre. Ao mesmo tempo, por videoconferência, “assumiu” o Congresso Jorge Cálix, que, junto com outros deputados, foi expulso do partido de esquerda no governo (Libre) por apoiar a direita.

Cálix é apoiado pelos dissidentes do Libre, aos quais Castro qualifica como traidores, e pelos deputados da direita, reunidos no Partido Nacional e o Partido Liberal — que apoiaram o golpe de 2009, precursor da onda golpista na América Latina, e o governo neoliberal de Juan Orlando Hernández.

Dias atrás, Castro declarou que em 27 de janeiro prestaria juramento perante um juiz e não perante o Congresso caso seu Conselho de Administração fosse presidido por Cálix. Ela ainda convidou Redondo a participar da posse.

A situação é instável. Na sessão virtual, participaram 70 dos 128 deputados. No entanto, o governo reconhece a posse de Redondo, alegando que os deputados “traidores” do Libre foram eleitos sob a bandeira do partido e não têm legitimidade para “sequestrar o Congresso Nacional”.

Redondo é do Partido Salvador de Honduras (PSH), que apoiou Castro nas eleições presidenciais. Os dissidentes alegam que o Congresso deve ser governado pelo partido com mais deputados, o Libre, e por isso elegeram Cálix. No entanto, ele e os outros dissidentes foram expulsos e não estão mais no partido.

‘Querem sequestrar o Congresso’


Na semana passada, militantes do Libre, liderados por Castro, iniciaram uma vigília em frente ao Congresso para impedir o “sequestro” do Parlamento e mostrar apoio popular à posse de Redondo.

Castro, que é casada com o presidente golpeado em 2009, Manuel Zelaya, denunciou que a ditadura de seu predecessor, Juan Orlando Hernández — eleito duas vezes após o golpe em eleições denunciadas por fraude e com ampla repressão militar — busca dar um golpe para se manter no poder. JOH, como é chamado, é do Partido Nacional, que apoia Cálix. Ela disse ainda que o povo se manifestou nas eleições de 28 de novembro e que sua vontade de acabar com essa ditadura e as práticas corruptas da política tradicional deve ser respeitada.

Castro denunciou que o “sequestro” do Congresso teria ocorrido à força, já que a eleição do Conselho de Administração, na última sexta-feira, tornou-se um ato ilegítimo, pois não permitiram o voto e prestaram juramento ilegalmente. Afirmou que tudo o que aconteceu desde então está incorreto, e até descumpriram o que estava programado para este domingo, que era selecionar a Diretoria na sede do Legislativo e apresentá-la.

Honduras e o início dos golpes na América Latina


Em entrevista com Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, na TV 247, o jornalista Leonardo Attuch afirmou que Xiomara Castro “está sofrendo um golpe antes mesmo de tomar posse”. “Ela foi traída por parlamentares do seu próprio partido”, disse. “É importante alertar, porque essa onda de golpes na América Latina, que atingiu Honduras (2009), Paraguai (2011) e Brasil (2016) começou exatamente no caso do Manuel Zelaya”, afirmou.

O presidente do PCO lembrou ainda que “o vice-presidente já tinha se colocado contra o governo após ela [Xiomara] falar em reatar laços com a China”. “A oposição começou bem antes”, declarou. Segundo ele, isso mostra que os Estados Unidos “não abdicaram da política golpista, eles simplesmente recuaram um pouquinho para se posicionar melhor diante da situação”.

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