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Caminhoneiros

Trabalhadores protestam no Canadá contra o passaporte da vacina

Associação dos caminhoneiros do Canadá é contra o direito de escolha dos trabalhadores

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O governo do Canadá e dos EUA impuseram o controverso passaporte vacinal para os caminhoneiros que cruzarem as fronteiras entre os dois países, isso causou uma grande revolta por parte dos trabalhadores que organizaram o “Comboio da Liberdade” pelo direito de escolha em não se vacinarem.

Eles criaram um “GoFundMe” um tipo de “vaquinha” na internet para ajudá-los a manter a paralisação dos serviços e para manter o Comboio que se dirigiu à Otawa, chegando na capital no sábado (29). Os caminhoneiros já arrecadaram US$ 6 milhões.

Essa mobilização virou o ponto de discussão política no país, já que a extrema-direita está se solidarizando com os manifestantes enquanto a dita esquerda está totalmente contra a liberdade de escolha dos trabalhadores.

O blog “Fight Back”, que se diz marxista em favor dos trabalhadores e da juventude, é quem encabeça o movimento contrário aos protestos e quem mais arduamente está ao lado das imposições dos dois países em marginalizar os não vacinados, os acusando de negacionistas e “anti-vax”.

Eles também levantam o caso que uma lei aprovada no parlamento canadense que proíbe qualquer tipo de manifestação que afete o que eles chamam de “infraestrutura essencial”, algo como, manifestações que bloqueiem estradas, ruas etc. O blog “Fight Back” faz uma crítica à essa lei, aprovada pela extrema-direita, por ela impedir o direito de se manifestar.

De fato, essa lei é completamente anti-democrática. Mas a esquerda pequeno-burguesa canadense, ao invés de se colocar pela extinção da lei, quer que os caminhoneiros se enquadrem nela, usando o argumento estúpido de que ela só serve para impedir os indígenas de protestarem. Assim, a esquerda canadense está literalmente pedindo a repressão aos manifestantes ao invés de pedir o direito à liberdade de manifestação e expressão.

Ainda ressalta que o movimento é pequeno que somente 1.200 trabalhadores se juntaram ao comboio e diz que as informações da imprensa local, sobre o tamanho da manifestação, não passam de “Fake News”.

Outro fato bizarro é o caso da Canadian Trucking Alliance, (Aliança dos Caminhoneiros Canadenses), que é um tipo de aglomerado de todas as associações de caminhoneiros do país. Essa Aliança diz que é totalmente contra os “anti-vax” e que 85% dos caminhoneiros já estão com o ciclo vacinal completo.

Ainda atacam alguns movimentos de esquerda que dizem que a obrigatoriedade da vacina é fascismo. Que a esquerda não pode jamais apoiar aqueles que colocam a população em risco, aí mais um exemplo da loucura que a esquerda identitária faz em todos os lugares, eles abdicam do livre arbítrio do povo em detrimento de pautas divisionistas.

Enquanto os esquerdistas de universidade discursavam nas redes, o comboio chegou à capital com bandeiras do Canadá, faixas exigindo “liberdade” e com palavras de ordem contra o primeiro-ministro Justin Trudeau. O que chama a atenção, contrariando a opinião reacionária dos ditos progressistas, é que os caminhoneiros se juntaram a milhares de outros manifestantes irritados não apenas pelas restrições da pandemia, mas também pelo descontentamento com o governo.

Mais perto do Parlamento, famílias marcharam calmamente em um dia extremamente frio, enquanto jovens cantavam e pessoas mais velhas na multidão batiam panelas em frente ao escritório de Trudeau.

A imprensa canadense disse que o primeiro-ministro e sua família foram escoltados para fora de sua casa e levados para um local secreto na capital, por medo da ira dos manifestantes dirigida a ele.

Um manifestante que estava em frente ao parlamento disse: “Quero que tudo pare – essas medidas são injustificadas”.

Ele dirigiu sete horas desde Quebec para poder se manifestar e expressar seus pensamentos: “Os requisitos de vacinação estão nos levando a uma nova sociedade na qual nunca votamos”, disse ele.

Tanto o Canadá quanto os Estados Unidos impuseram essa exigência em meados de janeiro, afetando os motoristas que cruzam a fronteira de 9.000 quilômetros – a mais longa do mundo.

“Intrusão” do governo

Stephen Penderness, um caminhoneiro de 28 anos não vacinado, de Ontário, disse que estava protestando por todos os canadenses, não apenas por seus colegas motoristas.

“Na verdade, é para cada pessoa… todo mundo na estrada”, disse ele. “É tudo sobre sua livre escolha.”

Angela Bernal, uma professora aposentada de 67 anos, disse que queria que “os governos suspendessem as medidas”, acrescentando que “manter as restrições é inútil”.

Com uma forte presença policial em torno da capital federal, o protesto ocorreu sem grandes incidentes, apesar dos temores iniciais de que pudesse haver violência.

Trudeau, que está atualmente em isolamento após uma exposição à Covid, defendeu na quarta-feira o passaporte vacinal, dizendo que 90% dos motoristas já estão vacinados.

Ele chamou os caminhoneiros que se dirigem à cidade de uma “pequena minoria marginal” que não representa a maioria dos canadenses.

Trudeau disse na sexta-feira que as opiniões dos caminhoneiros, que ele descreveu como anticiência, antigoverno e antisociedade, termos usados pelos defensores do coletivo, representam um risco não apenas para eles mesmos, mas também para outros canadenses.

A líder da oposição conservadora, Erin O’Toole, exortou os manifestantes a permanecerem pacíficos. Ela prometeu se encontrar com os caminhoneiros.

Até o momento, 82% dos canadenses com cinco anos ou mais foram vacinados contra o Covid-19. Entre os adultos, o número é de 90%.

Mais uma vez os direitos dos trabalhadores estão sendo retirados e nos países que adoram levar a democracia para o mundo, lá ela não é nem um pouco respeitada.

Mais uma vez, a esquerda pequeno-burguesa toma uma posição que a deixa totalmente a reboque do imperialismo. Assim, entrega as reivindicações democráticas da população para a extrema-direita, o que é absurdo.

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