Nesta quinta-feira, 7, a Assembleia Geral das Nações Unidas, sob domínio e ameaça dos Estados Unidos (os principais responsáveis por essa guerra na Ucrânia), aprovou a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da entidade. Segundo o conselho, a Rússia fora denunciada por “violações e abusos grosseiros e sistemáticos dos direitos humanos” ao “invadir” a Ucrânia.
O papel dos EUA e desse conselho é tão nefasto e cínico que até países tradicionalmente aliados e com identidade com a Rússia, como é caso da Sérvia, tiveram que votar contra os russos por causa de ameaças.
Liderados pelos EUA, que sempre fizeram guerra independentemente da autorização dos conselhos e órgãos internacionais, que vêm cometendo diversos crimes contra a humanidade, além de estarem usando a Ucrânia como bucha de canhão para atacar seus rivais, 93 países votaram a favor da medida de suspensão da Rússia, enquanto 24 votaram contra e outros 58 se abstiveram, inclusive o Brasil, cujo governo quer esperar a conclusão final sobre os ataques à Ucrânia. Com essa ação imperialista, a Rússia é o segundo país a ser suspenso. O primeiro foi a Líbia em 2011.
Sobre os países que votaram contra a expulsão da Rússia, o embaixador de Kiev na ONU, Sergiv Kyslytsya, disse que há perigos na indiferença. “Indiferença não é uma resposta, não é um começo. É um fim. E é sempre um amigo do inimigo”.
Quem condenou a Rússia, que faz uma guerra de autodefesa devido às provocações dos norte-americanos, da OTAN e dos perigosos nazistas do governo Zelesnsky, está do lado dos senhores da guerra liderados por Joe Biden, que, se não fosse covarde e hipócrita, poderia interceder no governo ucraniano e encerrar a guerra, mas o que ele quer é usar os ucranianos e levá-los à morte para desmoralizar internacionalmente a Rússia.
As levianas acusações da ONU contra a Rússia foram rebatidas por Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, que negou esses “crimes” de guerra. “Vivendo em dias de falsificações e mentiras”. Fotos de civis mortos nas ruas da Ucrânia são falsificadas, porém o governo reconheceu ‘perdas significativas’ de tropas russas.
Sobre o apoio da Sérvia à perseguição da ONU e dos EUA contra a Rússia, o presidente sérvio Aleksandar Vucic, na Rádio e Televisão do país, informou e justificou o voto contrário aos russos:
“As pessoas perguntam por que não votamos contra ou por qual razão não nos abstivemos. Mas, se nos abstivéssemos, outros países estariam contra nós e a pressão aumentaria. Ao mesmo tempo, justo hoje, a decisão sobre o destino da Sérvia — sobre se o país será excluído de sanções de petróleo — está sendo realizada”.
É essa a política imperialista capitaneada pelos EUA: sabotagem, cinismo, hipocrisia, censura e muita ameaça. São os países imperialistas que estão treinando os nazistas e criminosos da Ucrânia, que são responsáveis por mais de 14 mil mortes de ucranianos pró-Rússia e de uma grande emigração de cidadãos do país desde que assumiram o poder com o golpe de 2014.
É o governo nazista da Ucrânia que comete crime de guerra ao usar sua população civil como escudo e bucha para enfraquecer e perseguir os russos. Foi esse governo fruto do golpe de 2014 que carbonizou num sindicato em Odessa mais de 40 pessoas. São eles que continuam barbarizando a população civil, mas a imprensa ocidental continua propaganda mentiras, omissões e muita desinformação, pois a recomendação não é se comprometer com a verdade, mas acusar apenas a Rússia de tudo que não presta.
A ação cirúrgica da Rússia, com a menor quantidade possível de mortos, destinando suas operações para destruir as bases militares dos nazistas, é um sucesso, uma atitude de coragem e autodefesa de um país importante e que não tem pretensão alguma em dominar a Ucrânia, senão desmilitarizar e desnazificá-la, libertando seus conterrâneos do jugo nazista. A guerra só não teve fim ainda por causa dos EUA, que estão estimulando os ucranianos a permanecerem na guerra.
O grande número de votos contra e as abstenções na ONU, contrariando os EUA, mostram a intensidade da crise do imperialismo, que precisa apelar de todas as formas para manter sua dominação no mundo.