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EUA entram no conflito

Pelosi visita Zelensky e EUA aprofundam participação no conflito

A visita de Nancy Pelosi à Ucrânia marca uma nova etapa da participação dos EUA no conflito Rússia-Ucrânia e a tensão contiua escalando

O imperialismo deu mais um passo importante na sua adesão ao conflito entre Rússia e Ucrânia. O envio de Nancy Pelosi, a presidenta da Câmara dos Representantes dos EUA, para visitar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kiev, é um aprofundamento significativo do papel dos EUA no confronto.

Fazendo um breve retrospecto, vimos que o imperialismo levou adiante seu programa de aproximações sucessivas, a OTAN se movimentou para o Leste até que a Rússia estabeleceu que à Ucrânia não chegariam. Após uma série de tentativas diplomáticas por parte dos russos que foram frustradas, o governo Putin, em um movimento ousado, decidiu pela intervenção militar. Em poucos dias a marinha, aviação e divisão de blindados ucranianos foram neutralizadas. Imediatamente o imperialismo iniciou seu segundo movimento, a aplicação de sanções econômicas à Rússia, que surtiram pouco ou nenhum efeito.

Com as conquistas sistemáticas russas em terreno ucraniano e com a possibilidade de sofrer uma enorme humilhação, os EUA resolveram dar mais um passo e estão para aprovar um pacote de US$ 33 bilhões em armamentos para a Ucrânia. Assim, o imperialismo americano entra oficialmente no conflito sem ter que declarar guerra à Rússia. Essa resolução visa 1) prolongar os combates para desgastar e enfraquecer a Rússia e 2) se colocar no papel de líder forte para tentar trazer consigo outros setores do imperialismo que estão bastante vacilantes e não querem um confronto ou mesmo uma guerra generalizada.

Visita ‘supresa’

Nancy Pelosi é, até o momento, a mais alta funcionária que os EUA mandaram visitar a Ucrânia desde o início do operação militar. De acordo com analistas chineses e o Global Times, “o governo Biden está maximizando o apoio americano à Ucrânia enquanto finge para seus eleitores domésticos que não estão se envolvendo no conflito.

Analistas alertaram também essa tentativa de enfraquecer a Rússia prolongando as hostilidades pode ter um efeito colateral de alastrar os combates para países vizinhos.

Pelosi fez a visita levando em sua comissão também os representantes Jim McGovern, Gregory Meeks e Adam Schiff. Sua missão foi a de “enviar uma mensagem muito clara e retumbante ao mundo inteiro: os EUA apoiam firmemente a Ucrânia”.

Segundo o Global Times, Pelosi comunicou que “o apoio adicional está a caminho, enquanto trabalham para transformar o firme pedido de financiamento do presidente Biden em um pacote legislativo”. Foi a primeira delegação oficial do Congresso a visitar a Ucrânia desde o início das hostilidades.

Após a reunião, Zelensky tuitou “Os EUA são o líder em um forte apoio à Ucrânia na luta contra a agressão russa. Obrigado por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial de nosso Estado”.

O professor da Universidade de Renmin da China em Pequim, Diao Daming, disse ao Global Times sobre a delegação tratar-se de um time de alto nível, pois incluía o chefe do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Gregory Meeks, o chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA, Adam Schiff. Pressionado pela economia doméstica, Biden tratou de fingir para os eleitores, por um lado, que os americanos não se envolveriam no confronto enquanto, por outro, tenta aumentar os esforços para apoiar a Ucrânia para fazer frente a pressão de seus aliados após a visita a Kiev da presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do primeiro-ministro Boris Johnson.

Diao Daming disse também que “é evidente que os EUA querem atiçar o fogo com essa avalanche de ajuda tentando fechar os espaços de negociação entre Rússia e Ucrânia”.

Extrema-direita polonesa mostra os dentes

A Polônia é um dos países que mais estão acirrando os ânimos no Leste-Europeu, provavelmente porque sentem que terá respaldo dos EUA, como se isso realmente adiantasse. Vladimir Putin já declarou que se outros países se intrometerem no conflito com a Ucrânia a Rússia dará uma resposta “rápida como um relâmpago”. Se levarmos em consideração que a marinha ucraniana foi dizimada em quarenta minutos, é melhor levar a sério essa ameaça.

A Polônia se negou a pagar gás russo em rublos e teve seu fornecimento cortado. Agora, está comprando o gás russo por meio da Alemanha. Ao mesmo tempo, o país ameaça invadir uma parte da Ucrânia para tentar recuperar um território que alega ter lhe pertencido.

O governo polonês deveria saber que se os EUA acharem que vale a pena gastar uma Polônia e uma Ucrânia para enfraquecer a Rússia é isso que vão fazer. No final das contas, será cada um com seus problemas. O imperialismo está muito disposto a lutar até o último ucraniano e último polonês.

Os aliados vacilantes

A porção europeia do imperialismo dá demonstrações claras de que não quer um conflito aberto com a Rússia, mas é chantageada pelos EUA. As economias dos países estão em frangalhos, as manifestações populares se espalham por toda parte. Na Alemanha, por exemplo, produziram um abaixo-assinado com 50 mil assinaturas contra o envio de armas à Ucrânia. Se houver um corte de gás russo a economia alemã entrará em colapso.

O governo Macron, na França, mal se reelegeu e já enfrentou grandes protestos no 1º de Maio, a economia francesa também não vai nada bem, as medidas neoliberais do governo estão colocando o país em pé de guerra, o que tem feito a extrema-direita ganhar cada vez mais espaço no cenário político.

A flagrante debilidade do imperialismo tem provocado o aumento de sua agressividade. As grandes potências sabem que se não fizerem nada, se deixarem a Rússia sair vencedora, não terão como conter países como China, Índia, Irã e uma verdadeira onda revolucionária se espalhará pelo mundo, o que será catastrófico para sua dominação. Ao mesmo tempo, as potências europeias não estão vendo como sustentar uma guerra e seus efeitos devastadores nos planos econômico e social.

Uma prova da agressividade imperialista é o fato de Nancy Pelosi ter planejado uma viagem em abril para Taiwan que só foi desmarcada por ela ter testado positivo para Covid-19. E após o alerta do Ministério das Relações Exteriores d China dizer que tomaria medidas resolutas e enérgicas se a visita ocorresse”, afirmou o Global Times.

Conforme se vê, o conflito no Leste-Europeu, por conta da ação criminosa do imperialismo, só tem escalado e pode jogar, mais uma vez, a humanidade em guerras intermináveis que só servem para aumentar a dominação e o ganho de um punhado de capitalistas ao custo do sangue das classes trabalhadoras.

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