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Armando os vassalos

Imperialismo norte-americano arma Taiwan contra a China

O imperialismo não pode se dar ao luxo de perder Taiwan, que caso aconteça, seria catastrófico

Desde a invasão russa da Ucrânia, subiram muito as expectativas de que, com o exemplo dado por Putin, a China observasse a fraqueza do imperialismo e se aproveitasse disso para concluir um assunto, inacabado há muito tempo, chamado Taiwan.

O mundo se voltou para a clara possibilidade de que os chineses desferissem mais esse golpe no imperialismo, golpe esse que faria a catástrofe ucraniana parecer brincadeira de criança, haja vista a importância estratégica militar, econômica e política que Taiwan tem no cenário político mundial hoje, em decorrência da sua produção de semincondutores que é grande parte da produção mundial, da sua importância militar para o controle do Oceano Pacífico e dos mares da China, e da sua importância política, já que ha décadas é uma das principais bases do domínio imperialista na região.

Para o imperialismo, após a enorme demonstração de fraqueza diante de Putin na Ucrânia, o risco em Taiwan era crescente, e por isso a resposta dada pelo imperialismo foi forte, mandando a presidente do Congresso americano, Nancy Pelosi, diretamente a Taiwan, para articular as ações do próximo período.

A visita de Pelosi a Taiwan foi motivo de grande tensão com os chineses que, ao ficarem sabendo do evento, cercaram a ilha e alertaram para que os americanos recuassem, pois tinham plena consciência de que desse encontro não poderia sair nada de bom e, de fato, passado algum tempo, ficou claro que o envio de uma pessoa de confiança do imperialismo norte-americano à ilha tinha um caráter bem concreto de hostilidade e de preparação para uma eventual investida contra o protetorado imperialista.

Segundo uma matéria publicada na Deutsche Welle, os EUA estariam “aconselhando” Taipé a adquirir novos armamentos, pensando em uma investida chinesa. Segundo a DW:

Os Estados Unidos, o principal fornecedor militar de Taiwan, está a aconselhar Taipé a adquirir armamento concebido para a mobilidade e precisão para combater uma eventual invasão marítima da China.

Os Estados Unidos são o principal fornecedor militar de Taiwan, vendendo armas e tecnologia de defesa necessárias em Taipé. Durante décadas, Washington vendeu armas à ilha ao abrigo da Lei de Relações de Taiwan, que permite o fornecimento de armas “defensivas”.

A matéria ainda cita uma declaração do especialista em Taiwan do Instituto Hoover, da Universidade de Stanford, Kharis Templeman, que diz o seguinte:

“Devemos focar a nossa relação bilateral com Taiwan em ações discretas, mas altamente impactantes, que fortaleçam as defesas de Taiwan. Uma visita da presidente da Câmara dos EUA está próxima do extremo oposto do espectro”

Ainda sobre isso, a matéria cita os carregamentos de armas que foram vendidos para Taiwan durante o governo Trump e as medidas tomadas logo após a invasão da Ucrânia:

Desde 2019, Taiwan encomendou pelo menos 17 mil milhões de dólares (16,65 mil milhões de euros) de equipamento militar norte-americano, de acordo com o Defense News. Isto inclui uma encomenda de 8 mil milhões de dólares de 66 aviões de caça F-16 aos EUA, que ainda eram liderados pelo Presidente Donald Trump. Esta foi uma das maiores encomendas de sempre.

Em julho de 2022, o Departamento de Estado norte-americano aprovou a possível venda de “assistência técnica militar” no valor de 108 milhões de dólares para Taiwan. O Pentágono disse em comunicado que Taiwan solicitou peças de reparação para tanques e veículos de combate, armas ligeiras, sistemas de armas de combate e itens de apoio logístico.

Segundo a publicação, o desenvolvimento militar de Taiwan é incompatível com o experimentado pela China, que vem se preparando e modernizando seu exército para atividades como essa há mais de 25 anos. Para lidar com isso, o governo norte-americano procurou direcionar a venda de equipamento militar para Taiwan tendo em vista a chamada “guerra assimétrica”, o que consistiria em vender mais equipamentos, inclusive equipamentos mais específicos, para um combate de força inimiga maior, algo que teria sido empregado também na reação da Ucrânia à invasão russa. Esses equipamentos consistiriam em mísseis e artilharia aperfeiçoada.

Vendo a movimentação do imperialismo, é nítida a preocupação com a China e o esforço para armar até os dentes a ilha de Taiwan, para tentar reagir à invasão, que seria para o imperialismo e para a economia mundial uma catástrofe cujas consequências são difíceis de prever.

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