A Sputnik noticiou que Israel decidiu cancelar as comemorações do dia 9 de maio – que é o Dia da Vitória, dia em que se comemora a vitória da União Soviética contra as forças nazistas, marcada pela rendição do regime nazista.
Tradicionalmente, Israel, que utiliza do Holocausto como uma espécie de dívida histórica para justificar a opressão aos palestinos, comemora este dia junto com os russos, em 9 de maio. Bastou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia para Israel abandonar a demagogia e se mostrar ainda mais claramente como um verdadeiro Estado aliado ao nazismo.
O governo de Israel cancelou os atos oficiais que estavam marcados para comemorar o Dia da Vitória, além disso, desincentivou os seus habitantes a se manifestar no dia. Tudo isso se dá em solidariedade aos neonazistas ucranianos – visto que o Terceiro Reich chegou a invadir a Ucrânia e criou batalhões nazistas para manter a invasão; são nesses antigos batalhões que se baseiam tanto o Batalhão de Azov, quanto o Pravy Sektor.
Além do interesse em não se indispor com os neonazistas ucranianos, Israel cancelou os atos em comemoração ao Dia da Vitória também porque o dia é marcado justamente quando o Estado nazista caiu, e ele caiu no momento em que as tropas soviéticas tomaram Berlim.
A campanha de cancelamento contra toda a cultura russa e contra os russos é uma campanha de características fascistas que vem sendo levada adiante por toda a burguesia imperialista. O Estado ilegítimo de Israel, que é uma base do imperialismo na região, também embarcou na campanha, o que demonstra que o antifascismo da burguesia judaica é completamente fraudulento.
O Dia da Vitória possui grandes desfiles, especialmente na Rússia, sendo considerado um dos dias mais importantes do ano no calendário russo. A vitória soviética na Segunda Guerra é um dos maiores símbolos da Rússia atual, por isso a data recebe tanto destaque da imprensa internacional – por conta disso, o dia é repleto de verdadeiras comemorações por todo o país eslavo.
O Estado de Israel alia-se até mesmo aos mais antissemitas dos neonazistas se julgar necessário para poder manter a opressão dos palestinos. Trata-se de um Estado verdadeiramente genocida, que realiza um apartheid contra seu povo e que é extremamente ditatorial. A farsa de que Israel não seria um Estado fascista por ser controlado por uma burguesia judaica é extremamente absurda, visto que Israel é um dos principais patrocinadores do nazismo pelo mundo.
A burguesia imperialista, que se apresenta como “democrática”, apoia totalmente o nazismo na Ucrânia e em Israel. A opressão que esse Estado fascista realiza contra o povo que habita esse território é especialmente dirigida contra os árabes e contra os palestinos, constituindo um verdadeiro apartheid, mas isso inclusive também afeta os judeus.
Não são os judeus de conjunto que exercem o poder em Israel, mas, sim, a burguesia judaica. A burguesia judaica é inimiga de todos os povos do Oriente Médio – inclusive dos judeus, na medida em que se trata do setor mais poderoso da burguesia imperialista – e, inclusive, do mundo. A defesa que o Estado de Israel faz do nazismo, ao “não recomendar” ao povo que comemore o Dia da Vitória, apenas comprova o caráter totalmente pró-imperialista da burguesia judaica, além de revelar também as suas ligações com o nazismo; e, com isso, demonstra da maneira mais clara possível que não só é inimiga dos árabes, como também é inimiga dos judeus.
Para defender os neonazistas ucranianos, Israel abandona a demagogia de combate ao fascismo
Obviamente, um Estado tão antidemocrático – ao ponto de realizar um apartheid contra o povo palestino, segundo à própria ultradireitista Anistia Internacional – não deveria sequer existir, ainda mais em se tratando de uma verdadeira espoliação das terras palestinas.
O apoio ao nazismo apenas demonstra como Israel é uma extensão do imperialismo na região e, com isso, a aberração que é qualquer pessoa minimamente de esquerda prestar apoio a um Estado tão pró-imperialista quanto esse.
Tudo isso só demonstra que a luta de classes é um fenômeno concreto; pois, quando as necessidades objetivas polarizam a situação, a luta de classes se acirra e fica mais evidente o posicionamento de certa classe analisada, de modo a, verdadeiramente, jogar no lixo as máscaras utilizadas por ela. No caso, a burguesia judaica – que é o principal símbolo do imperialismo – está totalmente do lado dos neonazistas, independentemente de toda a campanha imperialista de que se trataria de um Estado “antifascista”. O “antifascismo” da burguesia imperialista é uma farsa total e, nesse caso, representa apenas um apoio total aos nazistas ucranianos.
Ao contrário dessa política, a esquerda deve – fazendo jus à sua tradição internacionalista e à solidariedade internacional da classe operária – denunciar que o Estado de Israel é um Estado totalmente inimigo do povo do planeta – tanto dos árabes, quanto dos palestinos. E, além disso, a esquerda deve defender a formação de um Estado nacional único na região, que seja um Estado laico e democrático.