A idéia de processar Putin, em reportagens ocidentais, diz muito sobre os termos de justiça do vencedor, com o vencedor como promotor, ou pelo menos a vítima sendo colocada no comando do promotor, como muitos nos Estados Unidos acreditam que os tribunais domésticos devem funcionar. Mas para que o Tribunal Penal Internacional (TPI) ou o Tribunal Internacional de Justiça funcionem como tribunais sérios, eles teriam que tomar suas próprias decisões.
Quase tudo está sob o controle dos 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e seus vetos, mas não faria sentido negociar um veto dos EUA quando a Rússia já tem um veto. Talvez o mundo possa funcionar como Washington queira, mas também possa funcionar de outra forma. A guerra pode ser encerrada hoje e um acordo negociado sem qualquer menção a processos criminais.
A idéia dos EUA sobre processos por “crimes de guerra” vem das mesmas pessoas que querem evitar o fim da guerra, querem derrubar o governo russo, querem expandir ainda mais a OTAN, querem vender mais armas e querem aparecer na televisão. Há razões para duvidar da seriedade de quem se diz defensor do estado de direito pois, para eles, falar sobre isso também promove cada uma dessas outras causas, mesmo que isso possa ser feito de maneira hipócrita apenas contra a Rússia.
De acordo com uma votação unânime no Senado dos EUA, Putin e seus subordinados devem ser processados por “crimes de guerra” e pelo crime de guerra (conhecido como “crime de agressão”). Normalmente, a conversa sobre “crimes de guerra” serve como uma máscara para o fato de que a própria guerra é um crime. Grupos ocidentais de direitos humanos geralmente operam com uma proibição estrita de perceber que a Carta da ONU e várias outras leis proíbem a própria guerra, limitando-se a mexer nas partes mais visíveis dos crimes de guerra. Seria um avanço finalmente ter um processo pelo “crime de agressão” se não fosse pelo problema da hipocrisia. Mesmo se você pudesse proclamar a jurisdição adequada e fazer com que isso acontecesse, e mesmo se você pudesse superar a escalada multipartidária que levou à invasão, e mesmo se você pudesse proclamar todas as guerras iniciadas antes de 2018 fora do alcance da acusação do TPI para o crime mais grave, o que faria para a justiça global ter os Estados Unidos e seus aliados amplamente entendidos como livres para invadir a Líbia, o Iraque, o Afeganistão ou qualquer outro lugar, mas os russos agora podem ser processados junto com os africanos?
Se o TPI processasse a formação das guerras desde 2018 e crimes específicos dentro de guerras ao longo das décadas isso seria justo. Mas o governo dos EUA não o faria. Um dos ultrajes mais proeminentes nas discussões atuais sobre a Rússia é o uso de bombas de fragmentação. O governo dos EUA as usa em suas guerras e as fornece a seus aliados, como a Arábia Saudita, para as guerras em que é parceiro. Você poderia simplesmente seguir a abordagem da hipocrisia, exceto que mesmo na atual guerra a Ucrânia usa bombas de fragmentação contra invasores russos e, claro, contra o seu próprio povo. Voltando à Segunda Guerra Mundial, é prática comum da justiça do vencedor processar apenas coisas que os vencedores também não fizeram.
Então, você teria que encontrar coisas que a Rússia fez e a Ucrânia não fez. Isso é possível, claro. Você poderia selecionar isso e processá-los. O TPI parece ansioso deitar e rolar sobre a Rússia, mas será que cumpriria todos os meandros, identificaria apenas os tópicos aceitáveis, evitaria todas as complicações inconvenientes e seria capaz de persuadir qualquer um de que seus escritórios não têm sede no Pentágono?
Como no Power-Point Lavajatista que veio dos EUA
Porém, assim como na corrupta e terrorista Operação Lava-Jato que atuou no Brasil contra o presidente Lula sob o comando do Juiz corrupto Sérgio Moro a serviço do governo americano e o promotor mentiroso Dallagnol que vasculharam toda a vida do presidente Lula, treinados por grupos ligados ao Sistema Judiciário estadunidense, não há provas incontestáveis, como no caso de Bucha, apresentadas pelos jornais internacionais em uníssono, para manter a versão americana fascista contra a Rússia, onde praticamente todas as fotos apresentadas como evidências foram questionadas tecnicamente pelo WarOnFakes nas páginas ( 1 ), ( 2 ) e ( 3 ), entre vários. Além de relatos de enviados aos locais da guerra, como do jornalista espanhol que contou que conclusões tirou depois de estar em Mariupol