Diz a máxima popular que quem com ferro fere, com ferro será ferido. A bola da vez parece ser de Gabriel Boric, presidente eleito no Chile por meio de um discurso identitário que, principalmente agora, revela sua ligação com a política do imperialismo.
O índice de rejeição de seu governo cresce a cada dia, chegando agora a 62% desde o início do governo em março deste ano. Nesta última pesquisa do instituto chileno Cadem, foi apurado o crescimento de 15% de descrédito do governo.
O ex-líder estudantil, que parece ter inspirado a atual presidente da UNE brasileira, Bruna Brelaz, e a maioria da esquerda brasileira nas ações políticas; tem agido exatamente como seu antecessor Sebastián Piñera, que ataca os trabalhadores e os manifestantes nas ruas com toda força da repressão policial. O povo, cansado de tanta bala de borracha no olho por parte da polícia, começa a repudiar o atual governo, também alinhado com a OTAN e os EUA.
Recentemente, Gabriel Boric apoiou o governo fascista da Ucrânia, aliado da OTAN e dos EUA, contra a ação progressista da Rússia que liberta a região do Donbass das mãos dos nazistas ucranianos, autoproclamada independente e com maioria de população russa. Em outras palavras, Rússia ajuda um país a manter sua autodeterminação política, econômica e social, algo atacado por Boric.
Boric condenou a Rússia por violar a soberania de um governo nazifascista na Ucrânia, por seu direito à autodeterminação. Mas, ao mesmo tempo, não criticou o fato de que o governo Zelensky, desde 2014, bombardeia a população civil, cometendo crimes de guerra. Dois pesos e duas medidas.
Esse governo eleito no Chile segue a mesma linha política de Zelensky e da OTAN ao reprimir duramente os manifestantes contra seu governo nas ruas.
E é por essas atitudes que Boric vem perdendo popularidade junto aos que o elegeram, acreditando que seria um governo alinhado ao povo. Ao constatarem que foram enganados nas eleições, agora se voltam contra ele por acharem que está sendo mais do mesmo, isto é, é igual ao anterior e quer levar o país a mais completa submissão ao capital estrangeiro imperialista, fortalecendo a burguesia capitalista contra os trabalhadores no interior do Chile e também nos demais países da América Latina.