O governo dos EUA estabeleceu esta semana um embargo total contra a Venezuela. Como já denunciado neste Diário Causa Operária, o presidente fascista Donald Trump decretou um bloqueio de todos os ativos do Estado venezuelano em território norte-americano, bem como o fim de todas as transações comerciais entre os dois países.
Essa é a pior medida econômica contra um país do Hemisfério Ocidental desde a década de 1980, colocando a Venezuela, assim, como um dos países mais asfixiados economicamente pelo imperialismo em todo o mundo, ao lado de Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria.
Donald Trump tem intensificado as declarações e ataques retóricos contra o governo de Nicolás Maduro e contra a soberania da Venezuela. Seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, disse que os Estados Unidos estão prontos para impor sanções a qualquer empresa transnacional que fizer comércio com a Venezuela.
Tratam-se de ações econômicas que literalmente levam a fome ao povo venezuelano, uma vez que impedem o governo Maduro de realizar transações por meio de bancos internacionais, comprando alimentos ou remédios, por exemplo, o que sempre foi importado, em sua maior parte, pelos venezuelanos. Um relatório recente de um centro de estudos internacionais comandado por acadêmicos dos próprios Estados Unidos mostrou que 40 mil venezuelanos morreram de fome nos últimos anos devido ao bloqueio.
Essas ações são parte da tentativa geral de implementar um golpe de Estado na Venezuela, para derrubar Maduro e o nacionalismo burguês radicalizado pela mobilização popular que governa o país caribenho há 20 anos.
Outros acontecimentos recentes revelam ainda mais a ingerência ilegal e criminosa do imperialismo norte-americano na Venezuela. No mês passado, aeronaves dos Estados Unidos violaram o espaço aéreo venezuelano, conforme denunciado pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
Desde o início do ano têm aumentado as agressões do imperialismo, especialmente norte-americano, contra a Venezuela. Já no final do ano passado, os EUA se recusaram a fazer qualquer tipo de conciliação com o governo Maduro e nomearam Juan Guaidó, seu fantoche, como novo presidente da Venezuela, mesmo que este não tenha concorrido às eleições.
No dia 23 de fevereiro, houve a tentativa de invasão sob a justificativa de “ajuda humanitária”, com uma grande tensão motivada pelas agressões e ameaças dos EUA.
Desde o governo Chávez os EUA tentam acabar com o governo venezuelano, principalmente devido aos interesses petrolíferos dos grandes monopólios internacionais pela maior reserva de petróleo do planeta que é justamente a da Venezuela. Além dos recursos naturais, o país tem uma classe trabalhadora organizada e graças a isso o governo nacionalista realizou reformas sociais, as quais entram em confronto direto com os interesses da burguesia e do imperialismo, que têm seus lucros prejudicados.
É preciso que seja realizada uma campanha internacional contra o bloqueio à Venezuela e todas as ameaças imperialistas que esse país sofre, pela expulsão da presença imperialista na América Latina, que submete os nossos povos à mais brutal exploração. Um ataque à Venezuela é um ataque a todos os países da região e a todos os povos da região, por isso os povos precisam se unir para apoiar a Venezuela contra o imperialismo.