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Blocos Econômicos

OTAN x BRICS: aumenta a polarização no mundo

Crise do imperialismo, sanções à Rússia e tensão contra a China estão forçando o fortalecimento dos BRICS, o que pode aumentar a tensão e levar o mundo a um enfrentamento militar.

O G7, núcleo central dos países imperialistas, se reuniu às vésperas da Reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, aliança militar de todo o bloco imperialista. Enquanto isso, a OTAN anuncia mudanças em sua categorização para Rússia e China.

A Rússia será tratada formalmente como a “ameaça mais direta à segurança e aos nossos valores”, segundo o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. O secretário-geral ainda afirmou que a aliança militar irá multiplicar em mais de 7 vezes suas forças em alerta máximo, em função da “realidade de segurança” no Leste Europeu.

Segundo a agência Bloomberg, a OTAN ainda irá caracterizar a China como um “desafio sistêmico” à aliança militar imperialista. O próximo encontro da OTAN para ratificar tais entendimentos ocorre entre os dias 28 e 30 de junho. A versão anterior das diretrizes da OTAN, de 2010, caracterizava a Rússia como parceira, e não mencionava a China.

Aliança contra o imperialismo?

Em meio a escalada de tensões por parte da OTAN, que vem adotando de maneira progressiva uma posição crescente de agressão para com Rússia e China, o Irã e a Argentina solicitaram formalmente a adesão aos BRICS, principal grupo de países de economia emergente, isto é, países atrasados com um grau maior de industrialização, que agrega hoje Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, na última sexta-feira (24/06), participou virtualmente da XIV Cúpula dos líderes do BRICS, a convite do líder chinês Xi Jinping, e expressou o desejo de a Argentina ser “membro pleno” do grupo. O presidente argentino ressaltou que “a paz é urgente por ser urgente fazer um mundo mais igualitário”. “O BRICS é uma excelente alternativa para meu país de cooperação diante de uma ordem mundial que vem funcionando para o benefício de poucos”, escreveu Fernández em uma carta enviada para o encontro de partidos dos BRICS em maio.

Após a Argentina, nesta segunda-feira (27/06), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, em coletiva de imprensa, anunciou o pedido formal do país de adesão aos BRICS. Em cúpula do Fórum Empresarial do BRICS, o presidente do Irã Ebrahim Raisi colocou que o país está disposto a compartilhar suas vastas capacidades e potenciais para ajudar o BRICS a atingir seus objetivos.

A consolidação dos blocos

A ofensiva do imperialismo, para buscar conter a crise geral do sistema capitalista em seu núcleo, levou o bloco da OTAN a se chocar quase diretamente com a Rússia, escalando para uma guerra por procuração na Ucrânia. Tentativas de golpes do imperialismo falharam ainda na fronteira russa: tanto na Bielorrússia como no Cazaquistão, cujos governos desbarataram a operação. O imperialismo agora busca se usar da Lituânia para manter sua pressão golpista sobre Moscou.

A China, ao mesmo tempo, tem se chocado com o imperialismo no campo indireto da economia. Os planos chineses de parceria para construção de infraestrutura na África e América Latina viram crescer a influência do país, algo visto como grande risco para o imperialismo, em particular os EUA, que consideram a América Latina como seu quintal. Para além disso, o desenvolvimento tecnológico chinês em determinadas áreas específicas chegou a se equivaler, e mesmo a superar, o do imperialismo, como foi o caso do 5g, levando a embates mais intensos no campo econômico, como prisão de empresários do país.

A consolidação do mundo em dois blocos opositores pode levar a um impasse global e, portanto, a algo que ponha fim a tal impasse, ou seja, um confronto militar de grandes proporções. A dominação imperialista se afrouxa pelo mundo, devido ao enfraquecimento econômico e político do bloco imperialista, que vê a crise econômica afetar sua população nas principais capitais do bloco, o que instabiliza seus governos internos, dificultando a dominação internacional. Para conter essa crise interna, porém, a estratégia do imperialismo sempre foi terceirizar a crise, por meio de guerras e golpes de Estado, do afogamento de outros países em dívida, da dominação econômica o mais massacrante possível imposta a outros países.

O que virá, e o que fazer?

Com o mundo polarizado agora em dois blocos, após as derrotas do imperialismo no Afeganistão e na Ucrânia, o que virá pela frente? Como a burguesia imperialista irá buscar resolver a crise? A maneira que resta aos povos do mundo é intensificar a pressão, derrubar os governos golpistas pelo mundo, reduzindo a exploração sobre seus países e aumentando a crise no núcleo imperialista.

No Brasil, a luta pela paz, para impedir uma guerra de grandes proporções, se expressa na campanha contra o golpe. Derrubar o governo golpista de Jair Bolsonaro, impedir a fraude nas eleições de 2022 com uma campanha reforçada por Lula presidente e um governo dos trabalhadores! Enfrentar as instituições golpistas e organizar o conjunto da classe operária para os embates de agora e os que se avizinham.

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