Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Covardia

Os crimes da polícia francesa contra os imigrantes

Mais um muçulmano foi assassinado pelo aparato de repressão de Emmanuel Macron

polícia frances imigrantes

A França vive, desde 2015, pelo menos, uma situação em que os seus serviços de “segurança” e inteligência” são totalmente incapazes de prever ou evitar uma série de atentados, supostamente “terroristas”, que nunca são devidamente esclarecidos e sempre terminam com seus principais suspeitos, quase sempre identificados à comunidade árabe-muçulmana, executados de forma sumária. Essa semana não foi diferente. Um policial da delegacia de Cannes foi agredido a facadas na manhã de segunda-feira, 8 de novembro, por um homem que foi, em seguida, gravemente ferido por tiros de retaliação, segundo fontes policiais que consideraram o fato como um atentado terrorista.

De acordo com fontes da revista francesa Le Nouvel Obs, o ataque ocorreu por volta das 6h40 da manhã e o suposto agressor, após ser atingido por duas balas, teria dito que estava agindo “em nome do profeta”. “A pista do terrorismo está sendo considerada”, disse uma dessas fontes. O suspeito é um argelino de 37 anos, supostamente desconhecido dos serviços de justiça e inteligência, que entrou na França pela Itália, segundo o jornal “Le Parisien” e o canal de telvisão BFMTV. “Ele obteve autorização de residência na Itália e veio para a França para cometer seu delito”, afirmou David Lisnard, prefeito de Cannes. Detentor de passaporte argelino, o agressor passa “regularmente em território nacional”, comentou o minsitro do interior francês, Gérald Darmanin, que também confirmou que o suspeito não constava dos arquivos dos serviços de inteligência e se encontra “hoje entre a vida e a morte no hospital de Cannes”. Gérald Darmanin fez questão de “apoiar a polícia nacional e todas as forças de segurança do país” e felicitar os policiais municipais de Cannes pela “frieza e profissionalismo”.

Faltando apenas cinco meses para as próximas eleições presidenciais francesas, marcadas para abril de 2022, a imprensa e o governo direitista de Emanuel Macron estão usando esse episódio para atacar os muçulmanos, tentando gerar a maior comoção possível, entre a população, pelos “pobres policiais vítimas de atentado terrorista”, enquanto ignoram o fato de que os imigrantes são discriminados e tratados como lixo na França, já que a própria polícia os reprime cotidianamente. São inúmeros os caos de violência policial cometidos na França contra os imigrantes, casos esses minimizados ou mesmo ignorados e distorcidos pela cobertura jornalística da mídia e da grande imprensa.

Um bom exemplo disso foi o assassinato cometido pela polícia em plena luz do dia, em 07 de janeiro de 2016 (exatamente um ano após os atentados à redação da revista humorística Charlie Hebdo), diante de uma delegacia da Rue de la Goutte d’Or, no 18º distrito de Paris, quando um homem se aproximou brandindo uma faca e gritou Allah Akbar (“deus é grande”). A polícia disparou seis tiros e o suposto agressor caiu de barriga para baixo, mortalmente ferido. A polícia alegou depois não haver encontrado nenhum documento de identidade no homem, embora ele supostamente carregasse consigo um telefone celular, uma bandeira do Estado Islâmico (Daesh) e uma declaração, escrita em árabe, de lealdade ao chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr Al Baghadadi, com juramentos de vingança contra os ataques imperialistas à Síria.

Na semana passada, três policiais foram indiciados por “homicídio culposo” após uma prisão, com chave de estrangulamento, que resultou na morte de Amadou Koumé, num bar perto da Gare du Nord, em Paris, em março de 2015. No seu despacho, o juiz constatou “a falta de discernimento” dos agentes da lei, que mantiveram Amadou Koumé no solo durante mais de seis minutos, de barriga para baixo, com as mãos algemadas nas costas, quando “já não representava perigo para os outros”. O juiz acusa os três policiais de nunca terem verificado o estado de saúde de Amadou Koumé e os considera responsáveis ​​pela negligência que motivou a morte, justificando seu julgamento por homicídio culposo. A justiça francesa demorou mais de seis anos para indiciar estes três assassinos, pagos pelo estado para matar e reprimir a população com violência, por um crime torpe contra um cidadão francês de origem senegalesa.

Porém, o clima “anti-imigrante” na França, atualmente, é tão forte que o pré-candidato à presidência da França pelo Partido Socialista (PS), Arnaud Montebourg (ex-ministro do desenvolvimento industrial durante o governo socialista, de 2012 a 2014), resolveu apoiar, segundo o canal de notícias francês Blast!, a proposta feita ano passado, pela candidata fascista de extrema-direita, Marine LePen, de cortar a possibilidade de envio, por parte dos trabalhadores imigrantes que residem na França, legal ou ilegalmente, de remessas de dinheiro aos seus parentes, que residem em seus países de origem. A medida poderia impedir que cerca de 11 bilhões anuais de euros sejam enviados a países pobres que foram explorados colonialmente pela França – como a Argélia, o Senegal ou o Benin.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.