Nesta última terça (12), ocorreu uma reunião extraordinária da OEA (Organização dos Estados Americanos), o Ministério das Colônias dos EUA (Estados Unidos da América), convocada pelo Brasil e apoiada por outros 14 dos 34 países que participam da entidade, incluindo Argentina, EUA, Colômbia, Peru e Venezuela (representada por um enviado do autoproclamado presidente do País, Juan Guaidó).
O encontro teve no início a leitura de uma carta pelo embaixador brasileiro na OEA, Fernando Simas, em nome dos 15 países, na qual faz-se “um chamado à paz social” e “a defesa da democracia”, onde os golpistas buscam a definição de uma “presidência provisória”, de acordo com a Constituição, e pedem por novas eleições “o mais rápido possível… com novas autoridades eleitorais e com observadores internacionais, para gerar credibilidade no processo de transição democrática”, eleições em que só participe a direita, obviamente.
Jogada casada do imperialismo, a reunião serviu para os golpistas aprofundarem os ataques contra a Bolívia acobertando o golpe de Estado dado no país pela extrema direita. Nesta oportunidade, o Secretário Geral da OEA, Almagro, disse que se houve um golpe na Bolívia foi dado por Evo Morales ao tentar se reeleger.
A sessão extraordinária e a declaração do Secretário Geral são mais uma prova de que a OEA participou diretamente do golpe na Bolívia quando “auditou” as eleições e contestou o resultado. Também mostra a participação dos EUA através da OEA e de como foi totalmente equivocada a política de Evo Morales ao buscar um acordo permitindo que o Ministério das Colônias intervisse nas eleições na Bolívia.
A OEA é um instrumento de dominação do imperialismo, totalmente submissa aos interesses dos EUA, é preciso denunciar essa entidade, que de modo algum pode ser árbitra dos problemas da América Latina. O golpe na Bolívia teve a participação da extrema direita e da direita boliviana e brasileira e o caminho para derrotá-lo é nas ruas, longe do controle imperialista das instituições de fachada como a OEA.