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O lado dos oprimidos

O 11 de setembro pelos olhos dos inimigos do império

Em 2011, palestinos foram às ruas para comemorar os atentados contra as torres gêmeas.

No dia de hoje (11), completam-se 20 anos do atentado mais impactante do século (até agora), a queda das torres gêmeas do World Trade Center pelo grupo jihadista Al-Qaeda.

Envolto em um sem fim de teorias e conspirações, o 11 de setembro é, sem sombra de dúvidas, um fato que mudou o mundo. Os diferentes grupos políticos e povos todos viram os atentados de diferentes pontos de vista.

Enquanto os norte-americanos sentiram na pele o que é a perda de vidas civis, o sentimento oposto ocorreu do outro lado do Oceano Atlântico. Assim que noticiados os ataques às torres gêmeas, alguns milhares de palestinos foram às ruas comemorar o sucesso do ataque ao símbolo do capital imperialista norte-americano.

A comemoração dos atentados de 11 de setembro por parcelas dos palestinos não um fato solto, desapegado da realidade, mas o resultado direto das ações dos Estados Unidos e seus comparsas israelenses no Oriente Médio.

Por décadas, os Estados Unidos financiam, com dinheiro dos trabalhadores americanos, a beligerante política do Estado de Israel. Política esta que se caracteriza por bombardeiros a escolas, hospitais, casamentos e moradias populares, prisões de crianças, tomadas de templos religiosos e negação da cidadania de milhares de palestinos e palestinas.

Para quem está sentado ao sofá apenas assistindo aos noticiários, é muito simples julgar a reação de populares palestinos. Entretanto, quando se pensa que boa parte dos que foram às ruas em comemoração perderam parentes próximos (pais, mães, avós, filhos, primos) e amigos na guerra genocida de Israel contra o povo palestino, é impossível não entender a motivação por trás do ódio palestino aos Estados Unidos. A uma população que é massacrada cotidianamente, é uma crueldade sem tamanho exigir que se façam de Jesus Cristo para “dar a outra face”.

Se alguém é culpado pelo 11 de setembro, não são os palestinos que comemoraram os ataques, nem mesmo o islã ou a cultura dos povos da África e Oriente Médio, mas a política violenta e opressiva dos Estados Unidos e dos demais países imperialistas.

A situação do Oriente Médio é fruto da incompetência e da irresponsabilidade primeiramente de França e Inglaterra e depois dos Estados Unidos que apodreceram o Império Otomano, que unificou a região. Com o fim do Império Otomano, as potencias imperialistas lotearam e dividiram a região entre si.

Assim como ocorreu nos Balcãs, as diferenças dos povos do Oriente Médio e antigas rixas ressurgiram, criando o barril de pólvora que hoje é a região. A criação de Israel, um estado artificial e beligerante, foi apenas a cereja do bolo.

A Palestina, assim como os demais países da região, viraram a “caixa de areia” do imperialismo para testar seu armamento e dar demonstrações de força.

Os moradores da Faixa de Gaza vivem em um estado de terror constante. A qualquer momento a casa onde vivem pode ser bombardeada ou o Estado de Israel pode simplesmente decidir que eles serão deverão entregar suas casas a judeus israelenses. É impossível não perceber que este ambiente opressivo obviamente resultaria em uma comemoração de populares nas ruas da Palestina.

Por outro lado, líderes palestinos e de movimentos islâmicos não comemoraram os atentados. Sabedores do que lhes esperava, tinham a total certeza de que os atentados serviriam apenas para justificar dezenas de intervenções violentas do imperialismo na região e uma perseguição aos muçulmanos no mundo todo.

Desde os atentados de 11 de setembro, o imperialismo norte-americano promoveu dezenas de guerras, algumas pequenas e outras em grande escala (Iraque e Afeganistão) e, no fim das contas, serviu apenas para matar dezenas de milhares de muçulmanos.

Enquanto um mar de sangue inundou o Oriente Médio, capitalistas da área militar, das petrolíferas e das mineradoras encheram os bolsos de dinheiro, saqueando os países islâmicos e usando como capital de risco o dinheiro dos trabalhadores americanos, especialmente os mais pobres.

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