─ RT News, tradução do DCO ─ Militares russos e unidades da milícia de Donbass libertaram aproximadamente metade do território da cidade de Mariupol, onde continuam os confrontos com grupos nacionalistas ucranianos, informaram nesta terça-feira (22) as autoridades da República Popular de Donetsk.
Enquanto isso, os civis que permanecem lá dizem que nunca receberam ajuda das autoridades ucranianas e que estão esperando para serem evacuados para a Rússia.
“Desde o primeiro dia, quando os russos ainda não haviam chegado, eles já estavam nos bombardeando”, disse um morador da cidade à RT, referindo-se aos ataques dos militares ucranianos.
“Fiquei sozinho, estou esperando a evacuação para a Rússia, porque tenho família lá”, disse outro. “Estamos aqui e não sabemos de que lado estamos , nem a quem recorrer: às autoridades anteriores, às atuais, a quem?”, questionou um terceiro.
Além disso, vários moradores de Mariupol acusaram nacionalistas ucranianos de lançar ataques diretos contra a população civil. Segundo uma testemunha, o batalhão Azov usou pessoas como escudos humanos, roubando comida e até mesmo suas casas.
“O batalhão Azov – não sei quantas pessoas estavam lá – tirou 250 civis, colocou-os em fila, os militares ficaram atrás e começaram a atirar nas pessoas do primeiro andar do prédio. Oito mortos e quatro feridos. Havia filhos, avós e avôs. Quem podia, escondia-se. O batalhão Azov foi quem atirou”, contou a mulher.
No domingo passado, o chefe do Centro de Gerenciamento da Defesa Nacional da Rússia, coronel general Mikhail Mizintsev, declarou que “uma terrível catástrofe humanitária ocorreu em Mariupol como resultado da anarquia dos nacionalistas ucranianos”.
“Desesperados e fora de si, os bandidos, percebendo que é impossível que Kiev os ajude, espalharam o terror em massa nos bairros da cidade que ainda controlam. Ao mesmo tempo, as informações confiáveis que recebemos mostram as horríveis atrocidades cometidas por milicianos loucos de desespero”, disse ele.