─ Sputnik News ─
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou neste domingo (26) que planeja viajar para Teerã a fim de realizar sua primeira reunião com o presidente iraniano, Seyed Ebrahim Raisi.
O líder venezuelano disse que em breve visitará a República Islâmica para assinar novos acordos de cooperação com o país relativamente à produção petrolífera, em meio às sanções impostas pelos EUA.
“Muito em breve viajarei para Teerã, em resposta ao convite do presidente Raisi, para que nos conheçamos pessoalmente, para efetuar conversações, assinar novos acordos, novos documentos, para acelerar os processos de cooperação a todos os níveis” disse Maduro em entrevista ao canal de notícias Al Mayadeen, transmitida pela televisão estatal venezuelana.
Maduro acrescentou que já realizou duas conversas telefônicas com o governante iraniano e garantiu que ambos têm interesse em continuar aprofundando as relações econômicas.
Durante a entrevista, o presidente apelou aos empresários das nações árabes a investir na Venezuela, garantindo que a economia de seu país está avançando para a recuperação.
Além disso, instou a comunidade internacional a apoiar a Palestina na sua luta contra a ocupação israelense.
O chefe de Estado venezuelano detalhou que em 2022 a Venezuela prevê reativar os mecanismos de cooperação com os países árabes. “No mundo árabe nos amam, eu sei, que os governantes e os povos árabes amam a Venezuela”, disse, escreve agência Reuters.
Caracas e Teerã têm fortalecido nos últimos anos sua cooperação em meio às sanções econômicas de Washington. O governo Maduro tem recebido alimentos, componentes para refinarias e combustível do Irã, enquanto envia petróleo bruto e outras matérias-primas ao seu aliado.
A República Islâmica tem sido o parceiro-chave para o aumento da produção de petróleo venezuelana neste ano.
Na semana passada, o Supremo Tribunal britânico deu uma vitória parcial ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó contra o presidente Nicolás Maduro a respeito do ouro da Venezuela mantido no Banco Central britânico. As 31 toneladas de ouro, avaliadas em quase US$ 1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões), têm o controle disputado por Guaidó e Maduro.
