Muito diferentemente do que a imprensa burguesa tem anunciado, o governo cubano não está prestes a desabar diante da “revolta popular”. As manifestações — apontadas como “gigantescas” — nada mais são do que pequenas provocações pontuais organizadas diretamente pelo imperialismo norte-americano com o objetivo de desestabilizar a ilha.
Se o povo de Cuba tem algum problema, esse problema é justamente a política criminosa de embargos operada pelo imperialismo. De forma semelhante à propaganda da direita venezuelana, as “manifestações” financiadas pelo Departamento de Estado norte-americano querem criar uma imagem de descontrole, como se o país estivesse à beira de um colapso social, para justificar o famoso golpe da “ajuda humanitária”.
Essa é mais uma demonstração do caráter reacionário e golpista do governo de Joe Biden.
O primeiro secretário e presidente da República, Miguel Díaz-Canel, esteve com outros dirigentes partidários em San Antonio de los Baños, e, em uma dessas manifestações, falou diretamente com o povo. Depois, às 4 da tarde, fez uma intervenção em rede nacional, denunciou a participação do imperialismo e convocou o povo às ruas:
“Não vamos admitir que nenhum contrarrevolucionário, mercenário, vendido ao governo dos EUA, recebendo dinheiro das agências, provoque desestabilização em nosso povo. (…) Haverá uma resposta revolucionária. Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, para que saiam às ruas em todos os lugares onde ocorram essas provocações.”