Os urubus internacionais, isto é, os bancos e o capital especulativo, já têm seu plano muito bem definido para a América Latina no próximo período. O que o imperialismo quer, neste momento de profunda crise econômica, é devastar a região, pilhar todos os povos, roubar suas riquezas, destruir seu patrimônio, até que não reste pedra sobre pedra.
Um dos alvos no momento é o presidente do Peru, eleito pela vontade popular, Pedro Castillo. Desde que ganhou as eleições, Castillo vem sofrendo uma série acusações e denúncias arbitrárias e mentirosas por parte da direita golpista. A começar pelo imbróglio criado pela candidata fascista, Fujimori, que não aceitou perder as eleições no segundo turno e acusou de ter ocorrido fraude. Muito parecido com o que ocorreu aqui no Brasil, quando Aécio Neves também não aceitou o resultado das urnas e acusou Dilma e o PT de ter fraudado as eleições em 2014.
Não só Castillo, mas seu partido e suas lideranças estão sob ataque da direita golpista. Ela usa o aparato burocrático do estado peruano, como por exemplo o MP, que não passa de um clube privado da burguesia, para processar e inviabilizar toda força política de Castillo. Vladimir Cerrón, que é secretário geral do partido governante Peru Livre e figura muito próxima de Castillo, teve sua prisão preventiva decretada pelo MP, por supostos desvios públicos de quando foi governador entre 2011 e 2014 sem nenhuma prova.
Obviamente que tudo isto é uma farsa que só serve para deixar o governo peruano refém do imperialismo. Percebe-se que no Peru existe também uma operação tipo “lava jato” que acusa sem provas, que, se levada até as últimas consequências, poderá derrubar o governo.
Fica então a pergunta: será que Castillo sofrerá um golpe de estado? Até agora, não se sabe. Mas o que se sabe, e o caso do Brasil e da Bolívia mostraram isso bem, é que se o imperialismo não conseguir controlar o governo, um golpe não está descartado. A única força real e capaz de frear a ofensiva do imperialismo é a classe trabalhadora organizada.