O golpe de Estado em Honduras em 2009 inaugurou uma nova ofensiva do imperialismo contra os governos nacionalistas da América Latina. Encurralado por tropas das Forças Armadas hondurenhas, corrompidas pelo imperialismo, o então presidente Manuel Zelaya foi deposto e preso. Mesmo tendo relações estreitas com latifundiários e partidos da direita hondurenha, Zelaya foi derrubado pelo imperialismo norte-americano por defender interesses contrastantes com as pretensões da burguesia mundial.
Após a deposição de Zelaya, o regime político se endureceu cada vez mais. Em 2017, o presidente Juan Orlando Hernández, capacho do imperialismo, foi reeleito por meio de uma fraude escancarada. A crise política foi tamanha que as Forças Armadas intervieram diretamente para garantir que o candidato da direita saísse vencedor.
Segundo levantamentos recentes da Rede contra a Violência Anti-sindical, Honduras já é o terceiro país na América Latina com mais agressões aos sindicalistas. Já foram contabilizados mais de 40 casos de violência contra os sindicalistas, entre ameaças de morte, sequestros e assassinatos.
A Rede também denunciou que há uma perseguição volumosa de sindicalistas por parte do Poder Judiciário hondurenho, controlado pela direita golpista. Segundo a Rede, os principais casos de ataques contra o movimento popular têm se dado no setor agrícola (77% dos casos), seguido pelo setor público (23%).
As perseguições em Honduras comprovam as intenções por trás do golpe de Estado de 2009. Afinal, Honduras se tornou o terceiro país que mais persegue suas lideranças, sendo ultrapassado apenas pela Colômbia e pela Guatemala, que são teleguiadas pelo imperialismo norte-americano. Se a extrema-direita hondurenha não encontrar nenhuma reação em seu caminho, irá dizimar ainda mais o seu próprio povo.
Diante da ofensiva da direita contra a América Latina, é preciso mobilizar todos os explorados para defender seu patrimônio das aves de rapina do imperialismo. É preciso organizar o povo hondurenho, bem como o venezuelano e o brasileiro, para enfrentar, com os meios que sejam necessários, os seus algozes e impedir na luta que a extrema-direita avance.