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Banho frio no inverno europeu

Franceses se revoltam contra redução de consumo de gás

Corte de energia no inverno europeu resultará no sofrimento de milhões de pessoas com volta de temperaturas baixíssimas

A imprensa burguesa notificou ultimamente que a União Europeia aprovou e decretou um corte de 15% de consumo planejado de gás natural no período de agosto de 2022 a março de 2023. Isso significa que, como sempre, o povo terá que arcar com a decisão arbitraria de governos imperialistas de sancionar demais países.

Os países que sofrerão mais com esse corte são os nórdicos, não os países mediterrânicos, com inverno mais ameno. O gás natural na Europa é utilizado tanto como item de consumo como de matéria prima. O corte significa também que vai afetar a indústria, que em efeito dominó, afetará os trabalhadores europeus.

A França, país com uma população tradicionalmente revolucionária, está revoltadíssima com a decisão da União Europeia. O povo francês sabe muito bem que a guerra com a Ucrânia, golpe armado dos EUA para atacar a Rússia, prejudica diretamente a Europa e não os EUA, que atiça usando como ferramenta a Otan para controlar o mundo.

O que nem os EUA, nem o resto do mundo esperava era a reação da Rússia, um dos países mais preparados no aspecto militar. O jogo de propaganda americano para atingir a Rússia não deu certo. E quem sofre, como sempre, é o povo que não tem nada a ver com o expediente fascista do imperialismo americano.

Cá está um breve resumo dos últimos acontecimentos:

  1. Após o início do conflito na Ucrânia, o Estados Unidos manifesta apoio à Ucrânia e obriga o resto do mundo a fazer o mesmo, aproveitando para impor sanções econômicas contra a Rússia;
  2. A Rússia, frente às sanções econômicas, diminui a oferta de gás natural para a Europa via gasoduto Nord Stream (Rússia-Alemanha) com o argumento de que a turbina está com problema e com dificuldade de consertar devido à sanção econômica. A empresa alemã Siemens é a responsável pela manutenção de turbinas de Nord Stream;
  3. A Europa está com medo de ficar sem gás durante o inverno e decreta corte de 15% durante agosto de 2022 a março de 2023 com o argumento de impulsionar a energia renovável, mesmo sabendo que não é suficiente para todos;
  4. O povo francês, obviamente, fica descontente com a situação.

A burguesia da União Europeia é verdadeiramente cruel em querer cortar o gás no período de inverno no hemisfério norte. É o mesmo que obrigar a população a viver como nos tempos pré-industrialização. No Brasil, houve o relato de pessoas que deixaram de usar o gás de cozinha devido aos aumentos abusivos de preço. É a mesma coisa. Surgirão relatos de europeus que voltarão a usar lenha ou outro meio de aquecimento por combustão em vez de gás ou derivados de petróleo. Com certeza nas camadas mais vulneráveis.

O povo francês sabe disso e por isso está revoltadíssimo. Em vez de líderes sendo firmes e voltando a negociar os recursos com a Rússia, continuam submetidos ao jogo político americano, que consequentemente resultou na racionalização de gás.

Ademais, os países que têm autonomia de energia e pouca dependência da Rússia, segundo a Comissão Europeia, precisam manifestar solidariedade aos que são mais dependentes de gás russo. Isso significa que esses países com autonomia energética precisariam sacrificar para ajudar o vizinho. Esse sacrifício significa sacrificar o próprio povo em várias formas, como aumentar a tarifa energética e impossibilitar o consumo, por exemplo.

A revolta de franceses tem toda a razão, pois essas decisões foram tomadas sem consultar a população, que obviamente não iriam acatar. O corte em questão é mais danoso exatamente no período de outono/inverno europeu, pois as residências europeias usam o gás para o aquecimento. O mesmo gás é utilizado para gerar eletricidade.

O sacrifício que os líderes europeus estão realizando significa que o povo terá que ceifar não somente gás, mas eletricidade também, justamente no período que mais demanda energia. Cortar a água quente durante inverno já é difícil nos trópicos, como no Brasil. Imagine então embaixo da neve…

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