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Tensão na Ucrânia: o agressor são os EUA, não a Rússia

Norte-americanos e europeus tentam colocar a Rússia como agressora para justificar uma intervenção militar no leste europeu

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Alguns dias atrás Biden afirmou que caso tivesse uma pequena ação da Rússia sobre a Ucrânia isso seria tolerado e com uma resposta menor. Porém, ele voltou atrás e fez uma nova afirmação. “Se alguma força militar russa atravessar a fronteira ucraniana, isso é uma invasão e haverá resposta rápida, severa e unida dos Estados Unidos e de nossos Aliados”.

Essa escalada de guerra na Ucrânia tem piorado desde dezembro de 2021, quando o governo ucraniano fez diversos ataques à região do Donbass com uso de artilharia e drones. Se acalmou perto do Natal e a aparente calmaria durou até final da revolta no Cazaquistão. Agora a situação voltou a piorar e os EUA incentivam a Ucrânia com acenos à entrada na OTAN, fornecendo material bélico como, por exemplo, o Reino Unido, que enviou ao menos nove aviões cargueiros militares para Kiev carregando armas contra tanques. Tais armas foram divulgadas pela imprensa ucraniana. Também os Estados Unidos permitiram que os países bálticos fornecessem à Ucrânia sistemas antitanques Javelin e mísseis antiaéreos Stinger.

Tanto a Ucrânia quanto a Rússia têm movimentado enorme quantidade de tanques e armamentos para as fronteiras. A Ucrânia tem feito trincheiras e a Rússia posiciona em torno de 100.000 soldados próximos às fronteiras do Donbass desde dezembro. Enquanto isso, tem acontecido reuniões entre Biden/Blinken e Putin/Lavrov. Haverá uma nesta sexta-feira (21/01/2022). Rússia no momento apoia a ideia de reconhecer a região do Donbass como um País independente.

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Posicionamento dos soldados russos

Análise e Opinião

A Rússia na defensiva definiu uma linha vermelha e não quer a Ucrânia ou a Geórgia como membro da OTAN, pois seria ter um exército poderoso próximo a suas fronteiras e, portanto, um grande risco. Embora a OTAN se apresente como uma aliança de defesa, ela já foi muito utilizada para atacar, como exemplifica o caso do Iraque, além de ajudar a treinar grupos paramilitares para possíveis guerras híbridas, como, por exemplo, a Polônia ajudou a treinar grupos paramilitares que colaboraram com a derrubada do governo ucraniano alinhado a Rússia em 2014.

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Grupos nacionalistas na Ucrania
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Expansão da OTAN, o qual está cercando a Russia pouco a pouco

O governo da Ucrânia não consegue dominar a região do Donbass, mesmo tendo um exército maior e melhor equipado, pois eles temem que um ataque em alta escala desta região forçaria a Rússia entrar na Ucrânia para defender seus aliados e seus negócios, visto que existe um grande comércio entre Donbass e Moscou. Por isso a Ucrânia deseja ser membro da OTAN, assim impediria a Rússia em defender seus aliados, pois a defesa do Donbass contra a invasão Ucraniana seria uma guerra contra toda a OTAN.

Embora o EUA tenha incentivado a entrada da Ucrânia na aliança, a OTAN não está sólida e concisa em sua defesa. Por exemplo, caso a Rússia defenda o Donbass de um ataque massivo do governo ucraniano, dificilmente Portugal, Espanha ou Itália enviarão tropas para ajudar a Ucrânia, pois isso levaria a um enorme desgaste popular. Visto que alguns desses governos já estão ameaçados por inúmeras manifestações devido à questão do passaporte sanitário, uma inflação em alta, e pouco motivo para envio de tropas para a Ucrânia, pois é uma questão apenas ucraniana. Outro exemplo, a França, o grande braço militar europeu, tem apresentado candidatos a favor de sua saída da OTAN. A Turquia segundo maior exército da OTAN na Europa enfrenta uma alta inflação, crises na Síria e Armênia, este ultimo através do Azerbaijão. Então é provável que a Ucrânia seja abandonada pelos seus possíveis aliados europeus em uma guerra direta com a Rússia.

Uma possível intenção do EUA e a Europa com a Ucrânia, no momento, é forçar a Rússia a atacar, pois, assim justificaria algumas sanções contra os negócios da Rússia na Europa principalmente contra o NordStream 2 e as minas de litium na Sérvia. Portanto a OTAN tem apoiado a Ucrânia em atacar as regiões de Donbass, fornecendo material bélico através do Reino Unido e drones da Turquia, porém em caso de uma ampla defesa russa sobre o Donbass, a OTAN provavelmente abondará a Ucrania a sua própria sorte e ajudará apenas com pesadas sanções sobre a Russia.

Os EUA usam o discurso de um provável ataque russo para aumentar os gastos militares europeus, desde 2017 já havia esse discurso na Polônia como mostrado nesta notícia que os polacos se preparam para uma invasão russa, e também para justificar aplicação de fortes sanções sobre a russa. Como, por exemplo, o canal estatal russo RT foi cancelada na Alemanha e o gasoduto nordstream 2 tem sido bloqueado claramente por motivos políticos. Os EUA podem usar bandeiras falsas, como denunciado pela Rússia, que a Ucrânia estaria preparando um ataque químico sobre ela mesma e colocaria a autoria do ataque sobre a Rússia, como relatado pela mídia russa. Esse tipo de operação foi muito utilizado na história militar, a Alemanha em 1939 utilizou um falso ataque polaco sobre uma estação de rádio para iniciar sua invasão a Polônia. Na guerra do Vietnã, um navio de guerra americano foi afundado por supostos navios norte vietnamitas, e levou aos EUA entrar na Guerra do Vietnã.

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Lockheed Martin, uma das maiores empresas bélicas, fala de uma possível falsa bandeira russa

Por fim, a Ucrânia ainda não entrou na OTAN, mas a OTAN já entrou na Ucrânia.

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