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Imperialismo Avança

Finlândia e Suécia na Otan podem ser um passo para a guerra

Tentativa de Finlândia e Suécia na Otan podem transformar a região em um verdadeiro barril de pólvora e milhõe de vidas podem estar em risco

A Finlândia está tentando entrar na OTAN, o que pode elevar a tensão no Leste-Europeu ao seu nível mais alto. O país mantém 1.304 km de fronteira com a Rússia e, como alguém já disse, a região vai se transformar em um barril de pólvora.

Pelo visto, existe um setor do imperialismo que está apostando suas fichas em uma guerra generalizada. Se isso acontecer, milhões de pessoas podem perder suas vidas devido um pequeno grupo de interesses que quer não apenas manter, como também ampliar seu poder político e econômico sobre as riquezas do Planeta.

Para piorar o quadro, a Suécia também deverá pedir ingresso na OTAN, o que agravará muito a situação. Esses países, que até ontem optaram por uma relativa neutralidade, mesmo durante o período conhecido como Guerra Fria, estão cedendo às pressões do imperialismo americano e podem se envolver em uma guerra com o segundo mais poderoso exército do mundo. A Rússia, obviamente, é bem inferior ao conjunto dos países da Otan, o que não significa que não poderá infligir terríveis danos a seus eventuais inimigos.

A Europa está entrando em uma guerra que não é sua, vai pagar caro porque ali será o palco principal dos conflitos. Os EUA estão a milhares de quilômetros e empurram seus aliados, quase lacaios, para a destruição.

A Finlândia tem na Rússia o seu terceiro parceiro comercial. Pelo menos 10% de suas empresas serão severamente afetadas, em caso de confronto, enquanto 60% serão afetadas de algum modo. O que esse país têm a ganhar e por quais motivos seus governantes estão tão ávidos para adentrar nesse caminho? No caso de o conflito escalar, é óbvio que a Rússia atacará os países inimigos mais próximos, o que torna a Finlândia, caso entre na OTAN, um dos primeiros a sofrer as consequências. É quase uma tática suicida.

China na alça da mira

Simultaneamente a esse aumento de tensões na Europa, o imperialismo estende seus tentáculos em direção à Ásia. A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, esteve no Japão entre os dias 10 e 12 deste mês, embora a justificativa para a visita tenha sido as relações comerciais entre os países, é certo que o assunto principal tenha sido a OTAN.

O presidente dos EUA, Joe Biden, estará no Japão, fará uma visita à Ásia entre os dias 20 e 24, visitando primeiro a Coreia do Sul e, segundo o Global Times de hoje, 13 de maio, “muito recentemente, a agência nacional de inteligência da Coreia do Sul se juntou ao Centro de Excelência em Defesa Cibernética Cooperativa da OTAN como o primeiro membro asiático deste último. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão foram convidados para a Cúpula da OTAN a ser realizada no próximo mês. Pode sinalizar que os aliados asiáticos dos EUA e a OTAN estão formando interações institucionais. Isso é algo para se estar atento”.

O Global Times é uma espécie de porta-voz informal do governo chinês e em várias matérias já disse que, com razão, o conflito entre Rússia e Ucrânia envolverá a China que, todos sabem, é alvo do imperialismo. Não à toa, veem sendo feitas inúmeras provocações no mar do Japão e Estreito de Taiwan. Os chineses já disseram que não aceitarão intromissões na Ilha.

Os EUA estão tentando fortalecer o Quad, que muitos chamam de Mini-OTAN, um bloco militar do qual participam também Austrália, Índia e Japão. Essa movimentação levou o editorial do Global Times à seguinte conclusão em seu último parágrafo: “Os EUA e a OTAN, com forte lógica de política de poder, política de bloco e mentalidade da Guerra Fria, podem aplicar sua tática de transformar outras regiões em barris de pólvora na região da Ásia-Pacífico. Com as lições extraídas da crise na Ucrânia, os países da Ásia-Pacífico devem dar as mãos para dizer não à interferência estrangeira na região e começar a construir seu próprio regime de segurança, evitando que a crise na Europa se forme à nossa porta”.

Será que a China, até agora tão cautelosa, começara a formar suas próprias alianças militares na região? Se não fizerem nada o imperialismo avançará, se fizerem algo o imperialismo avançará do mesmo jeito. Então, é melhor se preparar para o confronto que parece inevitável.

Turquia esfria um pouco a tensão

Na manhã desta sexta-feira, (13/05), a Turquia rejeitou a entrada da Finlândia e da Suécia na Otan contra a Rússia. O presidente Recep Tayyip Erdogan manifestou desacordo porque, segundo ele, os países escandinavos abrigam terroristas. Membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) estão refugiados na Suécia, seguidores do clérigo Fethullah Gulen, que vive nos EUA. Erdogan os acusa de ter tentado o golpe militar contra seu governo em 2016.

O presidente da Turquia seguramente deve estar com as barbas de molho, pois sabe muito bem que a tentativa de golpe partiu do imperialismo. Não faz muito bem para a saúde confiar nos EUA, basta ver o que fizeram com Saddam Husseim, dentre outros. Fortalecer os imperialistas pode ser uma maneira de encurtar o caminho até a cova, por isso os turcos precisam medir muito bem o que vão fazer pois poderão sofrer as consequências.

Suécia e Finlândia, pelo menos por enquanto, não devem ser aceitas na Otan, mas não se sabe se, ou até quando, os turcos conseguirão aguentar a pressão contrária e, como já vimos mais de uma vez, os EUA não se incomodam em descumprir regras e acordos. Se sentirem necessidade de passar por cima da Turquia para trazer esses dois países para suas fileiras, com certeza o farão.

A esquerda internacional não pode ficar apenas assistindo essa movimentação do imperialismo e, pior, não pode aceitar os lacaios que se voltam contra a Rússia, país que está sendo oprimido e tem o direito de se defender. É preciso formar um grande movimento que denuncie as intenções do imperialismo. Não podemos permitir que milhões de vidas se percam para defender os interesses daqueles que são nossos principais inimigos.

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