─ Sputnik News ─ As autoridades da Croácia, em caso de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, vão retirar suas tropas das forças da Aliança Atlântica no Leste Europeu, anunciou hoje, terça-feira (25), o presidente do país, Zoran Milanovic.
“Vejo relatos segundo os quais a OTAN, não um determinado país, não os EUA, está aumentando sua presença, enviando navios de reconhecimento. Nós não temos nada a ver com isso, nem vamos ter, isso eu posso garantir”, declarou o presidente Milanovic no ar da televisão nacional.
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“Nós não só não vamos enviar militares, mas, caso ocorra uma escalada, vamos retirar todos os soldados croatas até o último”, ressaltou.
Segundo suas palavras, “isso não está ligado nem à Ucrânia, nem à Rússia, isso está associado à dinâmica da política interna americana de Joe Biden e sua administração, os quais eu apoiei, o único na Europa […] mas em questões de segurança internacional vejo um comportamento perigoso”, apontou o mandatário croata.
Nas últimas semanas, o Ocidente tem acusado ativamente a Rússia de ela preparar “uma invasão” da Ucrânia, anunciando a concentração de tropas russas ao longo da fronteira do país vizinho. Ante isso, na segunda-feira (24) a OTAN informou a comunidade global sobre o aumento de sua presença no leste da Europa. Em particular, trata-se da transferência de uma fragata dinamarquesa ao mar Báltico e de quatro caças do mesmo país para a Lituânia, de navios espanhóis e caças holandeses para a Bulgária e também de um possível envio de unidades francesas para a Romênia.
Moscou nega todas as denúncias, ressaltando que está deslocando suas tropas dentro do seu território. O Kremlin e o MRE russo reiteraram por várias vezes que o objetivo das notícias falsas “sobre agressão” é aumentar o agrupamento da Aliança Atlântica perto das fronteiras russas. A Rússia também explica que a única razão da escalada na região são as ações da OTAN e EUA, que enviam instrutores militares para a Ucrânia, bem como o equipamento e armas, instigando Kiev a aventuras militares.
No final de 2021, a Rússia propôs ao Ocidente um caminho para resolver as discórdias, entregando a Bruxelas e Washington projetos de documentos sobre garantias de segurança, mas até agora as conversas não levaram a nada.