─ Lianet Rojas, Granma ─ A censura inconsciente da União Européia à Rússia Today e ao Sputnik, veículos de mídia russos que mantiveram a cobertura ao vivo da operação militar especial na Ucrânia e dos eventos associados ao conflito, é uma notícia significativa.
O membro do Bureau Político do Partido Comunista de Cuba e ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla falou no Twitter para denunciar o silenciamento.
«Ao tentar amordaçar a mídia russa, grandes empresas de tecnologia decidiram restringir o acesso à informação para milhões de cidadãos do mundo, rotulando arbitrariamente jornalistas e limitando o acesso a serviços e tecnologias de informação e comunicação», disse o ministro das Relações Exteriores.
Também alegou que, paradoxalmente, «essas mesmas empresas também estão apoiando a divulgação de notícias falsas, a manipulação de informações e a proliferação de mensagens discriminatórias e de ódio. A hipocrisia dos poderosos que usam todas as armas disponíveis para seu próprio benefício é demais».
A jornalista Patricia Villegas, presidenta da Telesur, também expressou sua solidariedade e destacou as semelhanças vividas pela Telesur em momentos decisivos para a América Latina e o Caribe.
O presidente da Prensa Latina, Luis Enrique González, também participou da rejeição. Acrescentou que o que aconteceu nos últimos dias contra ambos os meios de comunicação está muito longe da necessidade atual de enfrentar notícias falsas, e priva a informação de objetividade.
Yailin Orta Rivera, diretora do jornal Granma, disse que, mais uma vez, aqueles que fingiram se apresentar como defensores da liberdade de expressão são os primeiros a restringi-la, limitá-la e manipulá-la. «O jornal Granma tem sofrido com este tipo de práticas hostis e arbitrárias, com as quais o objetivo é tornar a voz de Cuba invisível», acrescentou.