A guerra na Ucrânia não teve início no dia 24 de fevereiro como faz parecer a cobertura da imprensa burguesa, mas sim em 2014 após o golpe de Estado organizado pela OTAN por meio das milícias nazistas. Esse é o motivo pelo qual a Rússia se refere ao último período não como “guerra da Ucrânia”, mas sim como operação especial russa. Nesses 8 anos de guerra antes da entrada das tropas russas, mais de 14 mil pessoas morreram. Os confrontos aconteceram principalmente na região do Donbass — essa é mais uma guerra que imperialista que a imprensa tenta ofuscar.
O golpe na Ucrânia teve como um dos principais objetivos a expansão da influência do imperialismo para mais uma fronteira da Rússia, com um planejamento de expansão militar por meio da OTAN. A Rússia não assistiu aos eventos de braços cruzados. Sua principal ação foi a anexação da Crimeia, uma região importantíssima no Mar Negro e que possuía uma maioria esmagadora de população russa e que votou em um referendo por sair da Ucrânia. Outra região de maioria russa que se levantou contra os golpistas foi justamente o Donbass, mais especificamente as provincias de Donetsk e Lugansk, que proclamaram sua independência do governo anti-russo apoiado nas milícias nazistas.
Ao contrário do que houve na Crimeia, em que o exército russo conseguiu rapidamente controlar a situação, no Donbas, Putin não considerou que seria possível controlar o território em 2014, e assim se iniciou uma guerra de libertação nacional das duas repúblicas populares contra o governo pró-imperialista da Ucrânia. Aqui vale uma atenção para o mapa da região, ao leste e ao norte está a Rússia e ao sul está justamente o mar de Azov, que dá o nome ao mais famoso grupo nazista da Ucrânia, o Batalhão de Azov, agora integrado ao exército oficial do regime comandado por Volodymyr Zelesnky.
A cidade litorânea mais importante da província de Donetsk é Mariupol, que se tornou famosa agora com a operação russa justamente por ser o maior antro de nazistas do país. O fato de a maior concentração de nazistas estar na província de Donetsk não é algo aleatório: o fascismo como uma arma da burguesia para esmagar a classe operária e suas organizações é mais forte justamente onde as organizações apresenta uma luta revolucionária mais forte. Donetsk e Lugansk desde 2014 são a grande pedra no sapato dos golpistas. Os trabalhadores dessas repúblicas lutam bravamente contra o exército e os nazistas financiados pelo imperialismo, dão esperança a todo o povo o ucraniano mostrando que é possível lutar contra a ditadura.
A cidade de Odessa, por exemplo, a mais distante da Rússia que possuiu uma grande população de etnia russa, foi a que sofreu o maior massacre tradicionalmente nazista, o ataque a casa dos sindicatos, que queimou mais de 40 pessoas vivas. No início da guerra ficou claro que as tropas regulares ucranianas não estavam dispostas a massacrar a sua própria população ao estilo do que foi feito em Odessa. Esse foi um dos principais motivos do financiamento das milícias nazistas, era necessário a criação de uma organização fanaticamente antirrussa para reprimir o povo.
Durante os 8 anos de guerra, não só as tropas ucranianas invadiram as repúblicas como também as forças nazistas: Batalhão Aidar, Batalhão Azov, a Guarda Nacional, Batalhão Dnieper, Batalhão Donbas, o Batalhão Noman Celibchan, o Pravy Sector dentre muitas outras somando mais de 60 mil tropas armadas diretamente pela OTAN. No Donbass, a Rússia proveu algum apoio mas em sua maioria se formaram milícias populares de trabalhadores mal armados. Mais de 14 mil pessoas morreram, mais de 1 milhão se refugiaram. Isso sem contar com a verdadeira ditadura nazista que foi imposta no território do Donbass que os governos de Donetsk e Lugansk não controlam, como Mariupol.
A destruição da região é incalculável. As repúblicas foram bombardeadas com artilharia, drones e tanques, vilas inteiras foram destruídas, dezenas de milhares de casas estão em ruínas. A terra não pode ser cultivada e a indústria foi destruída pela guerra. As populações somam mais de 4 milhões de pessoas e sofrem com uma guerra genocida contra o imperialismo e os nazistas. Este é o motivo pelo qual quando Putin realizou seu discurso reconhecendo as Repúblicas Populares de Dontesk e Lugansk o povo saiu às ruas para comemorar lançando fogos ao som do hino da Rússia e da União Soviética. Era o prenúncio do fim da ditadura nazista.
Há muitos matérias sobre a guerra do Donbas com destaque para dois documentários que abordam os fatos, principalmente nos anos mais violentos logo após o golpe, que estão logo abaixo. Mas é importante destacar que pouco antes da operação russa o governo Zelensky iniciou um bombardeio criminoso contra Donetsk, que foi o que de fato levou a decisão de Putin e que após a entrada das tropas russas os ataques se tornaram ainda mais violentos. A cidade de Donetsk foi bombardeada pelos ucranianos no dia 14 de março que matou mais de 20 pessoas, e poucas semanas antes o prefeito da cidade de Lugansk foi sequestrado e assassinado pelos nazistas.
Agora, após 8 anos de uma guerra brutal finalmente a classe trabalhadora do Donbass, com o apoio de Vladimir Putin pode libertar seu país, esmagar os nazistas, tomar o que é de seu direito. Todo o armamento confiscado dos ucranianos esta sendo entregue à Dontesk e Lugansk, Mariupol está prestes a ser tomada, a vitória está próxima. Mais dos países estão sendo libertados do imperialismo, é uma vitória de todos os povos do mundo, é uma vitória dos trabalhadores brasileiros, é um sinal para todos os povos avançarem e conquistarem o que é de seu direito, o poder!
Todo apoio a Donetsk e Lugansk!
Todo apoio a Rússia!
Abaixo o imperialismo!