Nesta terça (13), várias cidades americanas tiveram a 3ª noite de protestos contra o assassinato de Daunte Wright. O jovem negro de 20 anos foi assassinado no último domingo (11) pela policial Kim Potter, na cidade de Brooklin Center, periferia de Minneapolis.
Desde então, manifestações ocorreram em Nova York, onde uma multidão marchou do bairro do Brooklyn até a ilha de Manhattan, em Minneapolis, Kansas City, Omaha, Los Angeles, Portland e Seattle.
O mito do assassinato acidental
A polícia considerou o assassinato como um “disparo acidental”, para variar. Nesta terça (13), a policial que atirou em Wright pediu demissão, após 26 anos de trabalho no Departamento de Polícia de Brooklyn Center.
No entanto, é difícil explicar como uma policial com 26 anos de experiência confundiria uma pistola com uma arma de choque, bem mais leve e desenhada especialmente para se diferenciar de uma arma de fogo!
Segundo informações do New York Times, reproduzidas pela Estadão:
“…a mãe de Wright, Katie, disse que o filho lhe telefonou no domingo para dizer que a polícia o havia parado por ter um desodorizador pendurado no espelho retrovisor, o que é ilegal em Minnesota. Ela então ouviu um policial pedir que o filho saísse do carro. ‘Ouvi uma briga, e ouvi policiais dizendo ‘Daunte, não corra’,’ contou a mãe, aos prantos. Segundo Katie, a ligação caiu e, quando ela ligou de volta, a namorada do filho atendeu e disse que ele estava morto no banco do motorista…
O pai de Wright, Aubrey, disse ao programa Good Morning America, da ABC, que rejeita a explicação de que a policial Kim Potter possa ter confundido sua pistola com uma arma de eletrochoque. ‘Eu perdi meu filho. Ele nunca mais vai voltar. Eu não posso aceitar isso. Um erro? Isso não parece certo. Esta policial está na ativa há 26 anos. Eu não posso aceitar isso’.”
O caso mostra como a Polícia, seja nos EUA, seja no Brasil, é uma máquina de extermínio de negros e pobres, à serviço do regime capitalista.