─ Xinhua ─ O número de infecções por coronavírus entre imigrantes detidos nos centros de detenção do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) aumentou 520 por cento desde o início de 2022.
Na quinta-feira, 1.766 imigrantes estavam sendo monitorados ou isolados nas instalações de detenção do ICE devido a infecções confirmadas por coronavírus, um salto de mais de seis vezes em relação ao dia 3 de janeiro, quando havia 285 casos ativos, informou a CBS News, citando estatísticas do governo.
O número de detidos com casos ativos de COVID-19 representa 8 por cento dos 22.000 imigrantes que o ICE mantém atualmente em sua rede de 200 centros de detenção, prisões do condado e prisões com fins lucrativos, segundo o relatório.
Desde o início da pandemia, mais de 32.000 imigrantes testaram positivo para o coronavírus enquanto estavam sob custódia do ICE, e o ICE até o momento relatou 11 mortes de detidos relacionadas ao coronavírus, acrescentou.
O recente aumento nos casos de COVID-19 nos locais de detenção do ICE ocorreu em meio à rápida disseminação nacional da variante Ômicron, que foi considerada mais transmissível do que outras cepas do vírus.
Um alto funcionário anônimo do ICE defendeu a resposta à pandemia da agência, observando que esperava um aumento nas infecções devido à variante Ômicron e exige que os imigrantes sejam submetidos a testes e uma quarentena de 14 dias ao entrar em um centro de detenção.
Em um comunicado divulgado na sexta-feira, o ICE afirmou que a taxa de positividade do coronavírus em algumas de suas instalações de detenção “é menor, em alguns pontos significativamente menor, do que a comunidade local por causa dos rigorosos testes e protocolos de quarentena em vigor”.