Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2021, o governo de Joe Biden, o homem senil mais poderoso do mundo, tem sido um desastre em todos os sentidos. Numa manobra do setor majoritário da burguesia imperialista utilizando o direitista Trump como um horroroso espantalho em que se vendeu a farsesca ideia do embate entre a “civilização” e a “barbárie”, elegeram um velho decrépito sedento por sangue com o apoio da esquerda norte-americana.
Suas promessas eleitorais acerca de progressos sociais se mostraram ser justamente isso, meras promessas. O governo do civilizado partido democrata ameaça mergulhar o mundo na terceira guerra mundial, enquanto o Imperialismo sofreu duas das suas maiores humilhações desde sempre, no Afeganistão e na Ucrânia. E enquanto a crise econômica corrói o condomínio dos países imperialistas, os países atrasados do mundo esboçam reações cada vez mais enérgicas. Biden é um incompetente e seu governo não consegue dar cabo às crises em que mergulha a ditadura imperialista sobre o mundo. É a conclusão a que chegou seu mestre, a burguesia imperialista norte-americana.
O último governo norte-americano a cair foi o governo de Richard Nixon, que abdicou em 9 de agosto de 1974, em meio a grande crise terminal do capitalismo após um curto período de “recuperação” após a gigantesca destruição das forças produtivas decorrente da Segunda Guerra Mundial. As semelhanças conjunturais são grandes, provavelmente ainda mais desvantajosas para o velho democrata dada a enérgica reação russa às investidas imperialistas no leste da Europa, uma vez que os países imperialistas experienciam crise inflacionária e estagnação econômica, a famosa estagflação.
Em um editorial publicado no jornal The New York Times intitulado We are living in Richard Nixon’s America. Escaping it won’t be easy (Estamos vivendo na América de Richard Nixon. Escapar dela não vai ser fácil), defende-se uma tese fantasiosa de que o caráter profundamente reacionário do governo imperialista tem raízes nas más políticas do último presidente norte-americano a renunciar. Ainda que o editorial propague a ilusão de que seria possível recolocar os Estados Unidos nos trilhos por meios institucionais e que a culpa não seja especificamente de Biden, transparece aí o descontentamento com o atual governo. É importante lembrar que a imprensa empresarial norte-americana se colocou numa defesa incondicional de Biden durante o período eleitoral de 2020 e que tem mantido esta posição, de apoio à política imperialista tradicional. No entanto, o fracasso do governo identitário Biden-Harris não pode ser escondido e a burguesia imperialista se mostra evidentemente descontente com a sucessão de derrotas deste. Daí se torna tão interessante a comparação com Nixon em um editorial de um jornal imperialista.
Em diversos momentos, o companheiro Rui Costa Pimenta em suas análises levantou a possibilidade de que Biden poderia ser substituído dado o eterno estado de crise de seu governo. Mais uma vez o dirigente do Partido da Causa Operário se mostra correto, tal é o poder do marxismo. Numa eventual queda do velho democrata, está aí pronta para tomar a dianteira a vampira Kamala Harris que seguirá com a política imperialista de esmagamento dos países atrasados. Nada indica, no entanto, que a ascensão de mulher negra asiática fascista seja capaz de resolver a crise em que está mergulhada a dominação imperialista no mundo. É preciso acompanhar com clareza o desenvolvimento da gerontocracia norte-americana.