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Ministério da Verdade

Política do “combate” às fake news vem da Casa Branca

O governo dos EUA planejava fazer com que as plataformas de mídia social removessem postagens que ele considerasse como falsas

Nessa quarta-feira (08), os senadores republicanos Chuck Grassley (Iowa) e Josh Hawley (Missouri) publicaram uma carta aberta ao chefe do Departamento de Segurança Interna (DHS), Alejandro Mayorkas.

No texto, os senadores citam uma série de documentos vazados que mostram que os Estados Unidos pretendiam utilizar o seu já arquivado Conselho de Governança da Desinformação (DGB) para obrigar redes sociais a removerem postagens que o governo considerasse como falsas.

“O DGB foi criado para servir muito mais do que um simples ‘grupo de trabalho’ para ‘desenvolver diretrizes, padrões [e] proteções’ para proteger os direitos civis e as liberdades civis […] Na verdade, os documentos do DHS mostram que o DGB foi projetado para ser o aglomerado central do departamento, câmara de compensação e defensor para a política da Administração e responder a qualquer coisa que ele decidisse ser ‘desinformação’”, escreveram os políticos.

O conselho, lançado inicialmente em abril, foi rapidamente interrompido ao ser comparado a um “Ministério da Verdade” estatal em referência ao livro 1984, de George Orwell. Uma das principais colocações contra o projeto era o fato de que Nina Jankowicz, escolhida para chefiar o DGB, possui laços com executivos da rede social Twitter.

Se trata, de fato, de um Ministério da Verdade

Antes de qualquer coisa, deve ficar claro que o projeto apresentado pela administração Biden, levado adiante por debaixo dos panos, se trata de um aparato de censura. Afinal, é o governo quem decide o que é considerado como “desinformação” e, na esmagadora maioria dos casos, julga com base em seus próprios interesses.

Podemos ver um exemplo claro disso com a operação especial russa na Ucrânia. Desde o começo do conflito, qualquer publicação online que procurasse mostrar a verdade acerca da guerra foi taxada de “desinformação”. Isso quando não era simplesmente restringida para determinado público, como o que ocorreu com a COTV em uma Análise Política da Semana.

Finalmente, o imperialismo tem controle total da imprensa burguesa. É um dos pilares de sustentação de seu regime: a deturpação da realidade por meio de seus veículos extra oficiais. Entretanto, na internet, a coisa muda de forma.

De maneira geral, as redes sociais representam ambientes muito mais democráticos do que um jornal, por exemplo. Afinal de contas, qualquer um pode publicar o que quiser – ou pelo menos podia -, seja uma denúncia, uma agitação política. Enfim, as possibilidades são infinitas.

Consequentemente, a burguesia precisa, de alguma forma, regulamentar a internet e o seu “excesso” de liberdade de expressão. Logo, criam monstruosidades como é o caso do DGB e utilizam algum pretexto sem fundamento para censurar os meios de comunicação.

A tática é global, o imperialismo é clichê

De maneira geral, o imperialismo procura repetir os mesmos golpes ao redor de todo o mundo. Em determinada época, levavam adiante a sua política neoliberal sob o pretexto do combate ao comunismo. Depois, houve a onda contra o terrorismo. Em seguida, pelos direitos humanos – que parece ser a mais frequente. Enfim, são campanhas fabricadas pelos países imperialistas para impor a sua política em outros países.

Durante muitos anos, por exemplo, a campanha do imperialismo para a América Latina foi o combate à corrupção. No Brasil, é claro, vimos o surgimento do Mensalão e da Lava Jato, mecanismos orquestrados pelos Estados Unidos para pôr abaixo o governo de Dilma e prender Lula. Mas não foi só aqui.

No Peru, por exemplo, as mesmas alegações de corrupção, inclusive envolvendo empresas de construção, foram utilizadas pelos EUA para interferir na política local.

Fake News: um novo capítulo

Vemos, com a jornada contra as fake news, apenas mais um artifício para impor golpes nos mais diversos países. Aqui, no Brasil, essa campanha ganhou força notória, culminando, mais recentemente, na inclusão do Partido da Causa Operária no Inquérito das Fake News por parte do fascista de toga Alexandre de Moraes.

Afinal, assim como no caso do DGB, quem define o que são fake news é o STF e sua corte de juízes não eleitos. Logo, o farão conforme os seus interesses enquanto classe. Interesses que, no momento, desembocam em mais um ataque contra a candidatura de Lula.

O caso do PCO mostra bem essa farsa. O suposto crime do Partido foi falar contra a ditadura que, de fato, é o STF. A consequência? Investigação e bloqueio de todas as redes sociais da legenda. Uma censura que nem mesmo a Ditadura Militar de 64 ousou fazer.

Por isso, é imprescindível que toda a esquerda brasileira se junte para combater as imposições do STF contra as organizações dos trabalhadores. Assim como foi no caso da Lava Jato, criou-se um clima por meio da perseguição de peixes pequenos. Resultando, pouco tempo depois, na prisão de Lula, a figura mais popular da história do Brasil.

E mais: o caso americano mostra que é esse, de fato, o objetivo da burguesia em sua campanha contra as fake news. Finalmente, se está sendo utilizada em outros lugares segundo os interesses do imperialismo, também o será no Brasil.

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