Na terça-feira, 08 de dezembro, os Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia do coronavírus, ultrapassou o número de 15 milhões de infectados pela doença segundo informações da Universidade Johns Hopkins, que monitora os dados do COVID-19 nos EUA. Além disso, o país conta com cerca de 286 mil mortes desde o começo da pandemia.
No maior país capitalista e líder do bloco imperialista no mundo, os números do coronavírus parecem quebrar recorde sobre recorde, com milhares de infectados e um número de mortes que varia de 1 mil a 3 mil diariamente.
A “terra dos livres, da liberdade individual e da liberdade econômica” é também a terra da fome, da repressão e do desemprego em massa. Enquanto a população sofre tendo que lidar praticamente sozinha com a pandemia e com todas as desgraças que acometem a vida dos trabalhadores, sobretudo em tempos de crise, os capitalistas procuram o aumento de seus já enormes lucros por meio do sistema privado de saúde norte-americano.
O sistema de saúde privado, assim como qualquer serviço privado, serve justamente para atender aos capitalistas em detrimento da população — os preços abusivos tanto dos tratamentos quanto dos planos de saúde não são novidades para ninguém e não deixam dúvida de que o sistema de saúde norte-americano é um fracasso e é incapaz de dar um atendimento básico ao seu povo.
Os casos de preços abusivos no sistema de saúde dos EUA explodiram com a pandemia. Nunca se sabe pelo que o paciente pode ser cobrado e isso é um medo constante na população, que acaba por não procurar assistência. O preço dos serviços cobrados é sempre um surpresa e pode ser pela ambulância, pelo leito, pelo tempo de quarentena (mesmo a compulsória, como já foi denunciado), pelo médico e, se possível, até pelo papel do laudo e pelo ar que o paciente respira.
Além do sistema de saúde, a fome dos capitalistas se expressa em outras áreas: com a justificativa de salvar as empresas, a economia e/ou o país, os casos de retirada de direitos (já escassos ou inexistentes), corte de salários e de demissões em massa estiveram presentes durante a pandemia inteira. As imagens de filas gigantescas com milhares de pessoas pegando alimentos distribuídos por ONGs também apareceram com certa frequência.
As poucas medidas tomadas por determinados estados norte-americanos se concentram na repressão do povo e em medidas ditatoriais, a exemplo do toque de recolher. Enquanto isso, as medidas relacionadas a saúde continuaram do mesmo jeito: inacessíveis aos trabalhadores.
A pandemia serviu para provar que a burguesia e seus representantes, apesar da demagogia feita em torno da população oprimida, são elementos parasitários que colocam em jogo a vida de milhões de pessoas para aumentar seus lucros e fazer com que seus negócios prosperem, algo que pode ser claramente visto no sistema privado de saúde dos EUA.