Nesta quarta-feira (15), o presidente da Argentina Alberto Fernández revogou as privatizações de empresas de energia e centrais térmicas realizadas por Macri, seu antecessor.
O decreto anulou uma série de entregas efetivadas por Macri e seu ministro de Energia, Juan José Aranguren, revertendo a privatização de empresas como Dioxitek, Transener e as centrais termelétricas Manuel Belgrano e San Martín.
A decisão de Fernández vem logo após manifestações expressivas por parte do povo argentino contra a política de dívidas do FMI, um dos principais órgãos de intervenção do imperialismo na América Latina. A dívida alcançada durante o governo Macri chega à casa dos centenas de bilhões de dólares e representa uma verdadeira coleira imposta pelo imperialismo sobre o país latinoamericano.
Portanto, fica claro que a crescente mobilização, ao lado do acirramento da crise econômica no País, obrigaram Fernández a resgatar parte da soberania da Argentina sobre seus próprios recursos. É um exemplo que deve ser seguido no Brasil, com a reversão da privatização da Eletrobrás, da Petrobrás, dos Correios e de demais empresas públicas que, após o golpe de 2016, sofrem duros processos de privatização.