Cuba, 11 de julho de 2021. Um caos se espalha por muitas cidades do país, ocorrem protestos em várias províncias. Não se travavam de manifestações pacíficas, como afirmam muitos da imprensa oficial.
Nada foi casual: protestos isolados, carros tombados, janelas quebradas, saques em estabelecimentos, injurias à Revolução e a seus dirigentes por grupos organizados de agitadores em Havana, tentativa de invasão a uma delegacia de polícia local, momento em que se lamentou a morte de um dos agressores; tudo, antes, resulta do apetite imperialista dos Estados Unidos, que cobiça países da América Latina e do mundo, com seu desejo de submeter, controlar economicamente e explorar povos.
No presente caso, a agressão é surda, porque a guerra foi travada no terreno digital, na internet, nas redes sociais. No campo minado dos acontecimentos de julho, as plataformas foram armas calibradas para se chegar a uma explosão social, para plantar e colher ódio entre os cubanos, com a finalidade de se chegar a uma guerra civil.
A amplificação artificial da hashtag “SOS Cuba”, sincronizado com sistemas de alta tecnologia e trolls, articulados juntamente a uma campanha desestabilizadora na criação de perfis falsos, foram capazes de enviar centena de milhares de posts em menos de um minuto, procurando excitar as massas com a solicitação de uma alegada intervenção humanitária em Cuba.
Tudo isso compreendeu uma operação bem estruturada para subverter o regime no país. A operação foi, por fim, desmontada pelo próprio governo, que agiu imediatamente, tendo as evidências concretas dos fatos; e, sobretudo, a população cubana – fato que imprensa desconsidera – apoiou as medidas tomadas.
Como desfecho, 62 pessoas vinculadas aos acontecimentos de 11 de julho foram julgadas em tribunais municipais. De acordo com a justiça do país, os cidadãos que se apresentaram à disposição do Tribunal, dos órgãos de investigação e do Ministério Público, foram aqueles que tiveram comportamento agressivo, violento e lesivo, constituindo crime nos termos do Código Penal em vigor.
A ação punitiva do Estado cubano, independente do que pensam os detratores do regime social lá vigente, fundamenta-se nas próprias circunstâncias concretas e os julgamentos, com base na lei. Procura-se assegurar a soberania do país, já que a rebelião de maneira inequívoca foi provocada pela política imperialista dos Estados Unidos. Tal política jogou com as carências e necessidade das famílias cubanas, com as prateleiras vazias das lojas, com os apagões elétricos que molestam o povo; esta população, não se pode perder de vista, é oprimida pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e séquitos, que a impede de levantar a cabeça.
A esquerda, sob qualquer pretexto, não pode apoiar a mobilização ocorrida em cuba, já que evidentemente não foi revolucionária, antes, não passou de um malfadado golpe de desestabilização social promovido pelo imperialismo. E quem, finalmente, levando tudo isso em conta, afirmar que as atuais medidas defensivas do governo cubano não são legítimas ou legais, sua posição se alinhará ao pró-imperialismo.
