Em notícia de 29 de março, quinta-feira, publicada no site do canal de televisão Telesur, uma análise muito completa é feita sobre a política Neoliberal na Índia matou 250 mil pessoas e levou a uma insurgência.
O conglomerado da Monsanto (Mahyco-Monsanto Biotech) conhecido por destruir a agricultura familiar em diversos países, inclusive no Brasil, introduziu suas sementes, fertilizantes e inseticidas a um preço impossível de ser pago pelos camponeses indianos. Os bancos sanguessugas emprestavam (com juros monstruosos) o dinheiro, sabendo que os camponeses não poderiam pagar. A saída para muitos foi o suicídio. Os bancos tomaram as terras e deixaram as famílias dos trabalhadores completamente abandonadas; bancos esses controlados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A ativista aponta toda a subserviência das instituições nacionais aos conglomerados imperialistas. É o neoliberalismo que ataca qualquer chance dos pequenos produtores; não há livre concorrência.
É nesse panorama que o povo indiano começou a se revoltar. Com mais pessoas pobres do que todos os países africanos juntos, com 80% da população vivendo com menos de 50 centavos de dólar ao dia, foram se criando as condições para um levante da população.
No estado de Chattisgarh, onde uma guerra civil está se formando, o governo está usando grupos paramilitares, fundados e financiados pelas mega corporações para matar os ativistas e acabar com os protestos.
Em um dos protestos mais recentes, mais de 55 mil trabalhadores do campo marcharam no estado de Maharashtra. Uma grande aliança se formou, consistindo de organizações camponesas de esquerda, movimentos sociais e grupos da casta Dalit (que são trabalhadores da cidade e do campo) e os Adivasi (uma mistura de diversos povos nativos).
Essa aliança tem promovido protestos em mais de sete estados da Índia. Os partidos de esquerda têm tido um papel muito forte nos protestos e no parlamento.
Vijoo Krishnan, secretário adjunto da frente dos camponeses (All India Kisan Sabha) dentro do Partido Comunista da Índia (CPI) disse:
“Essa é uma insurgência dos camponeses e tem acontecido nos últimos dois anos. Acontece em (… cita diversos Estados). Houveram muitas manifestações antes dessa, e agora nós temos a participação de mais de 50 mil trabalhadores do campo”
A opressão neoliberal, dos conglomerados, dos grupo paramilitares na Índia gerou uma revolta que vem aumentando há muito tempo. Os trabalhadores, após assassinatos, pobreza extrema, tortura e perda de todos os seus bens se revoltaram. A luta de classes existe num sistema de castas. É preciso apoiar e se espelhar no movimento dos camponeses e indígenas indianos, formando os comitês pela defesa do que é deles.