Nesta semana, o governo do democrata Joe Biden começou a deportar milhares de haitianos do Texas. Os imigrantes entraram no país pelo México.
Apos dois meses de nomeado, um enviado dos Estados Unidos ao Haiti, Daniel Foote, renunciou ao cargo nessa quinta-feira, 23, através de uma carta na qual denuncia o tratamento dado pelo carrasco Biden aos haitianos, deixando claras as atitudes desumanas contra os imigrantes, cujo país vive um contexto de miséria e convulsão social.
“Não vou me associar à decisão desumana e contraproducente dos Estados Unidos de deportar milhares de refugiados haitianos e imigrantes ilegais ao Haiti”, denunciou Daniel Foote.
Ao Secretário de Estado Antony Blinken, Foote retratou o Haiti como um lugar onde diplomatas vivem confinados, a população em estado de pobreza e terror. Para Foote, a população haitiana “simplesmente não pode suportar o fluxo forçado de milhares de migrantes que retornam sem comida, abrigo e dinheiro, sem provocar uma tragédia humana adicional que poderia ser evitada”.
Para a Associated Press, essa deportação pode ser a maior das últimas décadas. Muitos desses haitianos no Texas chegaram do Brasil, para onde vieram depois do trágico terremoto de 2010 que vitimou mais de 200 mil pessoas. Com um índice de desenvolvimento humano de 0,510, 170° lugar no ranking dos países, o Haiti é uma das nações mais pobres do mundo. Sua história é marcada por escravidão, colonizações espanhola e francesa, ocupação militar, instabilidade política e muitos desastres naturais, como o terremoto que ocorreu em 2010.
Mesmo sendo um dos primeiros países da América a ficar independente, em 1804, através de uma República negra comandada por ex-escravos, liderada por Toussaint Louverture, vários fatores impediram de o país se desenvolver e vencer a pobreza.
Chamada de “Joía das Antilhas”, o Haiti exportava algodão, cacau, tabaco, café, dentre outros produtos primários. Tinha tudo para ser um país desenvolvido, mas o boicote internacional a ele, sobretudo por parte da França (que cobrou da ex-colônia pesada indenização em prol dos escravocratas franceses) e dos Estados Unidos(estes invadiram o país em 1915 e só saíram em 1938), colaborou bastante para o atraso do país. Além disso, o Haiti sofre com seguidos golpes militares e constantes instabilidades políticas internas e climáticas.
Voltando à atualidade, o governo de Joe Biden, aquele que a esquerda pequeno-burguesa mundial pintou de mal menor diante de Donald Trump, só vem intensificando os ataques aos povos oprimidos de forma até pior do que os ataques do ex-presidente republicano.
Identitário, Biden usa no seu governo os negros, os homossexuais, as mulheres e outras minorias de forma hipócrita e demagógica para confundir a população, pois o projeto de governo não é pela libertação de nenhuma dessas categorias oprimidas, senão manter o regime capitalista opressor.
O presidente americano saiu derrotado do Afeganistão – onde os Talibãs libertaram o país da exploração ameircana de duas décadas -, mas continuará impedindo outros países como o Haiti e sua sofrida população a se desenvolverem.
A deportação de mais de 15 mil haitianos na fronteira dos Estados Unidos com o México é um atestado de desumanidade, um ataque a todos os povos oprimidos do globo.
