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Imperialismo não tão colorido

“Biden não é bem-vindo” nos próprios EUA

A presença de Biden e de seus representantes é rejeitado nos memoriais dos 20 anos do 11 de setembro. A cúpula norte-americana esconde até hoje informações secretas sobre o ataque

Em carta enviada à Casa Branca nesta sexta, 1800 famílias de vítimas, sobreviventes e primeiros correspondentes do 11 de setembro rejeitam participação de Biden e de qualquer um de seus representantes nos memoriais dos 20 anos do ocorrido. Eles acontecerão em New York, Pensilvânia e no Pentágono, e Biden só será bem-vindo se cumprir com sua promessa eleitoral e tornar público os arquivos confidenciais que poderiam denunciar o envolvimento da Arábia Saudita no ataque às torres gêmeas.

“Seis mêses atrás a comunidade do 11/9 tinha grandes esperanças que o Presidente Joe Biden iria ser o mais antigo e perdido campeão daqueles que foram diretamente afetados por esse criminoso ataque a nossa nação, finalmente colocando os valores da verdade, justiça e responsabilidade antes dos interesses da Arábia Saudita.” como constatou a carta.

A comunidade acredita que os documentos podem expor o envolvimento do próprio governo da Arábia Saudita no ataque, e, assim, eles poderiam revelar que o grande responsável não foi Bin Laden, e muito menos o Talibã. Ou seja, não se trataria de um ataque terrorista maléfico à democracia, como foi utilizado de pretexto para assassinar centenas de milhares de árabes e roubar toneladas de petróleo.

Ainda, com o envolvimento direto do governo e da burguesia da Arábia Saudita, importante aliado dos EUA, os arquivos poderiam levantar suspeitas para um possível esquema da burguesia imperialista no ocorrido. Isso, além de mexer com as relações econômicas e políticas entre os países, tornaria uma grande fachada a campanha fervorosa contra o terrorismo dos EUA, que serviu de justificativa para uma brutalidade desproporcional do imperialismo em todo o mundo.

Foram mais de um milhão de pessoas mortas no Irã, Síria, Iraque, etc. Ora, mas o objetivo não era garantir a segurança de todos? Não. Tudo que esteve por trás desses ataques foram os interesses bélicos e financeiros dos EUA, que enxergam nos países do Oriente Médio a possibilidade de mais exploração e opressão para manter cheio os bolsos da burguesia internacional e garantir o poder na mão deste seleto grupo que compõe o imperialismo.

O histórico dos EUA é justamente o de forjar ameaças externas para ter pretexto para invadir outros países, levando a “democracia” peculiarmente para países ricos em petróleo, por exemplo. Assim, como foi feito por Bush, o país norte-americano tem feito desde o ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas.

Joe Biden é um dos principais representantes do imperialismo. Sua política é a continuação profissional da campanha assassina realizada por Bush. Inclusive, ele recebeu apoio oficial de Bush para sua campanha. Desse modo, independente de suas promessas coloridas, democráticas e do bem, ele já se mostrou pior que o próprio Trump com as investidas contra Venezuela, Cuba, Irã, China e Rússia. 

Pois bem, não é surpresa alguma que ele esteja embarreirando, assim como fez Obama e Trump, os documentos confidenciais que comprovariam, mais uma vez, a farsa gigantesca e criminosa da política de dominação norte-americana. Não é a primeira vez que os familiares do 11/9 buscam tais evidências escondidas pela Comissão bipartidária do 11 de setembro. Eles explicaram que já estavam frustrados com Departamento de Justiça e os oficiais do FBI que durante diversos mandatos presidenciais, “procuraram ativamente manter essa informação em segredo”

Na carta enviada à Casa Branca, os familiares relataram que a“Vinte anos depois não há nenhum motivo – justificações eméritas de segurança nacional ou quaisquer outras – para manter esta informação secreta. Mas se o Presidente Biden renegar os seus compromissos e tomar o partido do Governo saudita, seremos obrigados a opor-nos publicamente à participação de qualquer pessoa da sua Administração em qualquer cerimónia do 9/11”

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, na sexta-feira, disse a repórteres que funcionários administrativos do governo Biden mantiveram várias reuniões com grupos que representam famílias de 11 de setembro a respeito de seus pedidos de evidências do governo e suas prioridades políticas.

“Isso continuará a ser uma prioridade”, disse Psaki.

Ela justifica também que Biden não se esqueceu de sua promessa de campanha de pedir ao Departamento de Justiça que “trabalhe de forma construtiva” no assunto, acrescentou Psaki, sem detalhar o quanto eles estavam nesse processo.

Brett Eagleson, um advogado da comunidade do 11/9, diz que são inaceitáveis as respostas fornecidas pelo governo e que os atingidos diretamente pelo ataque precisam de uma prova verdadeira para saberem o que de fato aconteceu.

“Esses documentos envolvem um ataque terrorista ocorrido 20 anos atrás, e não há justificativa para retê-los”, disse Eagleson em um comunicado. 

“Administrações anteriores prometeram‘ revisões ’apenas para usá-las como táticas de atraso para proteger o governo saudita e manter o povo americano no escuro. Esperamos que a administração Biden finalmente forneça as informações que nossas famílias esperam receber por 20 anos, para que possamos estar juntos com o Presidente no Marco Zero em 11 de setembro. ”

Não apenas para defender o governo da Arábia Saudita, o ocultamento dos documentos serve para a manutenção da campanha da democracia, da defesa dos oprimidos e da luta pela liberdade tomada pelo neoliberalismo. Os arquivos, supostamente prejudiciais à segurança dos EUA, poderiam, na verdade, fortalecer a realidade da política imperialista. 

O simples descumprimento da promessa eleitoral é fichinha para o que Biden já realiza e promete contra os países atrasados. Biden foi colocado no poder justamente para manter o lucro e a sobrevivência dos capitalistas, ele seguirá firmemente as demandas sangrentas da política neoliberal.

Sendo assim, a burguesia esconde os documentos para tentar disfarçar a guerra global travada contra as nações e os povos oprimidos em todo o mundo. A comunidade está certa em reivindicar que tudo fique às claras, mas a situação está além de um simples ocultamento formal de questões governamentais. O imperialismo precisa ser entendido como ele é, um regime violento, brutal, que não parará até esmagar completamente todos os trabalhadores do mundo.

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