No último domingo (1), em um evento fechado para diversos empresários, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, admitiu diante da burguesia ter “cometido erros”, o que denota o reconhecimento, por parte do governo, da insatisfação da população em relação à sua política entreguista. A principal prova das suas palavras estavam muito bem ilustradas nas ruas da capital: em Buenos Aires, na principal avenida da cidade, a 9 de Julio, uma grande manifestação composta por mais de 30 organizações sociais tomou os espaços da via pública, reinvindicando mais recursos para atender a população mais pobre, que no momento corresponde a praticamente 1/3 de toda a população argentina, fruto das ofensivas do governo servo dos interesses do imperialismo.
Temos de lembrar dos resultados devastadores que a política de Macri proporcionou ao povo argentino, pois além de atirar 1/3 da população na condição de pobreza, o presidente: aumentou os custos de diversos bens, como alimentos, água, luz e transporte; congelou os salários dos servidores públicos, cortou verbas para a educação, fez crescer a fome, demitiu cerca de 70 mil trabalhadores, baixou o volume de exportações, rebaixou o PIB argentino e colocou o país como refém do FMI, dentre outras barbaridades promovidas pela sua política neoliberal.
Muito semelhante ao governo entreguista de Jair Bolsonaro aqui no Brasil, a política de Macri tem conseguido estraçalhar a economia argentina e afundar cada vez mais o país na situação de pobreza para beneficiar os vampiros do imperialismo. No entanto, a revolta do povo argentino é muito crescente, diversos protestos e greves gerais já ocorreram e existe uma tendência real a um crescimento ainda maior da revolta da população.