A presidente golpista da Bolívia, Jeanine Añez, se aproveitou do seu discurso de quarta (23) na ONU para acusar o governo da Argentina de dar guarida ao ex-presidente Evo Morales, que ano passado buscou asilo político primeiramente no México e logo depois em solo argentino.
Em seu discurso, Añez declarou que o governo do presidente argentino, Alberto Fernandez, oferece impunidade a Evo Morales para que este conspire contra a “democracia boliviana” e questionou a autoridade de se intrometer do governo da Argentina mediante casos graves de investigações na Bolívia contra Evo, a quem ela chamou de “exdictador”.
Morales havia sido reeleito nas eleições de novembro de 2019, contudo acabou renunciando e cedendo à pressão dos militares e dos atos forjados pela extrema-direita, que levaram ao poder a senadora Jeanine Añez.
Desde então, Evo Morales tem sido alvo de diversos tipos de acusações por parte do atual governo golpista boliviano. Uma delas é a de violações dos direitos humanos, pelas mortes que ocorreram após o golpe dado no país. Mortes essas que, na verdade, ocorreram mediante protestos populares contra a derrubada do presidente boliviano e a instauração do golpe no país.
As últimas acusações contra Evo, são de um suposto envolvimento com uma menor de idade e acusação de estupro por parte da Defensoria da Criança em La Paz.
Jeanine Añez, acusou de “kirchnerista” o atual governo e de forma demagógica disse que respeita o peronismo, mas não o atual governo argentino, disse que apesar de diferenças ideológicas com Cuba, mantém as relações diplomáticas, e , por último, exaltou a Revolução de 1952 na Bolívia.