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ONGs convocam atos

Protestos no Irã são fabricados artificialmente pelo imperialismo

Atos convocados pela Fundação Ford, Anistia Internacional e Human Right Watch visam impulsionamento de agitação artificial contra o Irã

Forças estrangeiras tentaram provocar agitação no Irã em meio à indignação pública pela morte de uma mulher sob custódia policial, a jornalista Mahsa Amini, de 22 anos, na terça-feira (16). Os atos foram convocados pela Fundação Ford, Anistia Internacional e Human Right Watch para impulsionar uma revolta artificial contra o Irã, após campanha conjunta com a imprensa internacional. A Open Society está orientando geograficamente os manifestantes pró-imperialistas.

Autoridades iranianas, incluindo o presidente, Seyed Ebrahim Raisi, ordenaram uma investigação “completa e urgente” sobre as causas da morte. Três dias se passaram desde a morte repentina de Mahsa, que perdeu a vida após ser levada a uma delegacia de Teerã pela Polícia para participar de uma orientação sobre o vestuário padrão.

Em conversa telefônica com a família Amini, Raisi expressou suas mais profundas condolências pelo ocorrido e assegurou que prosseguirá com o caso até que todas as suas dimensões sejam esclarecidas. No telefonema, a família da falecida agradeceu ao presidente pela rápida apuração, por ter telefonado e por ter manifestado suas condolências. Raisi oficialmente comunicou:

“Fiquei sabendo desse incidente durante minha viagem ao Uzbequistão e imediatamente ordenei aos meus colegas que investigassem o assunto de maneira especial. Garanto-vos que exigirei esta questão às instituições responsáveis ​​para que sejam esclarecidas as suas dimensões”, acrescentou o presidente.

Captura de tela do site da presidência do Irã contendo comunicado oficial.

Apesar das tentativas da imprensa capitalista em culpar os policiais pela morte de Mahsa, um vídeo divulgado pela polícia na sexta-feira mostra a jovem caindo no chão sem nenhum contato físico com os policiais, o que demonstra a monstruosidade do imperialismo, que tem o monopólio da mentira e da manobra.

A imprensa internacional manobra as informações contra qualquer país que se oponha à sua opressão, recorrendo, desde o ocorrido, a todo tipo de manipulação na informação até montagens de vídeo para desencadear a ira contra a República Islâmica e protestos violentos em todo o país. Mas, não adiantou, a população se ergueu contra os Estados Unidos.

O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã (CGRI) acusa o “sistema hegemônico e o sionismo” de incitar tumultos. Em um comunicado emitido na quinta-feira (22), o IRGC condenou a mais recente agitação no Irã após a morte de Mahsa Amini. De acordo com o comunicado:

“Operações psicológicas e a propaganda abrangente, mídia e guerra híbrida [que é lançada para afetar] a opinião pública através de narrativas falsas e parciais […] é apenas um exemplo da lista de medidas empreendidas pelo sistema hegemônico e pelo sionismo, bem como seus lacaios contra a República Islâmica e a grande nação do Irã”. O CGRI também destacou outras conspirações de inimigos para criar o caos no Irã, o IRGC repudiou, entre outros casos, “o assassinato de cientistas e elites iranianos, bem como a imposição de uma guerra econômica e de sanções cruéis extensas e permanentes”.

Revolta popular contra o imperialismo

Milhões de iranianos foram às ruas nesta sexta-feira (23) para condenar os tumultos causados por manifestantes que deixaram vários policiais mortos no país. De acordo com a imprensa persa, as marchas foram realizadas após a oração coletiva de sexta-feira, em apoio à República Islâmica do Irã, além de repudiarem a agitação pró-imperialista, incluindo a capital, Teerã.

Iranianos na cidade de Hamedan condenam os recentes atos violentos dos manifestantes, em 22 de setembro de 2022.

Durante a marcha os manifestantes gritavam slogans como “Nossa nação está acordada e odeia os sediciosos”, para expressar sua lealdade aos ideais da Revolução Islâmica e condenar as medidas hostis dos EUA, do Reino Unido, do regime sionista e da imprensa a serviço do imperialismo. Também sucederam gritos como “Morte à América”, “Morte a Israel” e “Morte ao Reino Unido”. Os iranianos foram em combate à interferência imperialista na República Islâmica. Os manifestantes também expressaram gratidão às forças de segurança por manter a estabilidade no Irã. Na quinta-feira (21), várias cidades do país também foram palco de congregações massivas em repúdio aos tumultos tramados por contrarrevolucionários.

Distúrbios organizados pelo imperialismo e pelo sionismo

Os tumultos no Irã estão sendo organizados pelo imperialismo, sendo convocados por Organizações Não-Governamentais (ONGs). O método bastante conhecido visa desgastar a Revolução nacionalista do Irã. Trata-se, portanto, de uma contrarrevolução permanente desde 1979 promovidas de fora do país, utilizando-se de fantoches. A máquina imperialista de informação modifica sistematicamente o ângulo dos acontecimentos procurando atentar contra a questão nacional.

A Organização das Nações Unidas (ONU), seguindo o comando da Anistia Internacional e Human Right Watch, se pronunciou em nota oficial:

“O Alto Comissariado interino das Nações Unidas para os Direitos Humanos Nada Al-Nashif expressou hoje alarme sobre a morte sob custódia de Mahsa Amini – detida pela “polícia da moralidade” do Irã que aplica regras rígidas de hijab – e a resposta violenta das forças de segurança aos protestos subsequentes”. Sem neutralidade, a nota é uma cópia do vídeo da Democracy Now, órgão de imprensa da Fundação Ford.

Women Burn Hijabs in Iran as Protests Escalate over Killing of Mahsa Amini by "Morality Police"

Em uma onda organizada via redes sociais, a partir do movimento feminista internacional e da ordem dada por Washington, mulheres cortam os cabelos em protesto e os Estados Unidos já anunciaram novas sanções para sufocar o Irã. A orquestra segue afinada vista de fora, mas, no Irã, novas estratégias estão sendo organizadas. Os militares do país afirmam estar preparados para lidar com as conspirações e garantir a segurança nacional.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (23), o Exército persa condenou os tumultos em várias cidades do país e destacou que os inimigos do Irã falharam em diferentes campos e tentam aproveitar todas as oportunidades para minar a paz e a segurança do povo.

“Não permitiremos que os inimigos abusem dessa situação. Condenamos veementemente qualquer destruição de bens públicos e distúrbios na segurança do povo e do país e ataques a guardas de segurança”, consta no texto

O Exército pediu que a população permanecesse vigilante contra “a guerra psicológica dos inimigos”, assegurando que suas forças “estão prontas para enfrentar as conspirações dos inimigos e defenderão a segurança e os interesses da nação iraniana até o último momento”.

A situação do Irã, análoga à da Rússia, resiste aos ataques do imperialismo que, por meio de suas organizações e de Israel, remuneram fantoches para desestabilizar o regime. Essa é a forma de tentar driblar a capacidade do Irã de fazer uma frente militar contra Israel, já que o primeiro possui armas capazes de furar a bateria antiaérea sionista.

Embora de características nacionalistas não socialistas, a resistência iraniana deve ser apoiada e ser um exemplo de luta contra o imperialismo, que apela para as armas mais diversas possíveis para destruir as nações oprimidas.

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