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Perseguição judiciária

Prisão de Cristina Kirchner, a nova etapa do golpe na Argentina

Usar o judiciário para controlar o executivo tem sido uma prática constante desde o golpe em Honduras. Vimos isso no Brasil. Na Argentina, o modo de operação é o mesmo

A perda de poder do imperialismo é notória desde a crise anterior a que vivemos hoje e que se iniciou em 2008. A anterior, que ocorreu na década de 70 do século passado, obrigou fortes intervenções nos países de desenvolvimento atrasado localizados ao sul da linha do Equador como América Latina, África, Oriente e Ásia. Essas intervenções ocorreram com a derrubada de governos por golpes de Estado, implantando ditaduras sangrentas que foram patrocinadas por Washington, Otan e seus aliados na Europa. Hoje todos minimamente informados sabem desses processos.

A crise atual é mais intensa ainda, e o remédio aplicado é o mesmo. Derrubada de governos nos mesmos lugares para colocar outros que são mais ligados umbilicalmente ao imperialismo. É o caso do Lula e do PT no Brasil, da Cristina Kirchner na Argentina, Rafael Correa no Equador, e a lista segue em El Salvador, Peru, Honduras, Nicaragua, Cuba, Venezuela, etc. etc. etc. 

Todos acusados de corrupção para poderem ser julgados pelos judiciários desses países, que adquiriram o status de centro de poder, passando por cima das Constituições e das leis, da independência de poderes, abolindo as liberdades individuais, em processos farsescos que levam à prisão mesmo sem provas, por pura convicção os presidentes não alinhados ao poderio do Norte supostamente democrático e eficiente.

O objetivo é igualmente claro, tirar os candidatos preferidos pelo povo do páreo, para que os neoliberais aliados ao imperialismo cheguem ao comando das nações e possam assim entregar toda a riqueza e as indústrias nacionais ao capital estrangeiro monopolista.

Esse processo de estrangular os países em desenvolvimento em benefício do enriquecimento dos países desenvolvidos, os EUA e Europa tendo forte apoio do seu braço armado, a Otan, busca manter o mundo de joelhos diante do poder imperialista.

Depois de manterem Lula preso por mais de 500 dias sem provas e ao arrepio da lei, o imperialismo volta ao ataque agora contra Cristina Kirchner com os mesmo argumentos, corrupção. 

Investigada desde 2019 por suposta associação ilícita e crimes contra o estado, com pedido de prisão datado daquela época, por supostos atos praticados em seu governo entre 2007 e 2015 e no governo do finado marido Nestor Kirchner de 2003 a 2007. Nesta semana o “tribunal” volta a pedir sua prisão, acrescentando na pena que deva ser proibida de exercer cargos públicos e ter sua fortuna confiscada, são mais de 5 bilhões de pesos argentinos, conforme matéria do portal imperialista Veja.

Estão querendo cassar seus direitos políticos e seu dinheiro, para não concorrer em  eleições e nem apoiar nenhuma candidatura. É o mesmo processo que sofre Donald Trump nos EUA, sendo ameaçado de ser preso por suposta posse de arquivos confidenciais do governo. O FBI vasculhou sua propriedade na Califórnia, sem conhecimento do atual presidente Joe Biden, segundo ele, e “encontrou arquivos” que não poderiam estar em sua posse. 

Todos conhecem o processo de implantar provas para incriminar alguém, como colocar drogas, produtos furtados, etc. na mochila de alguém para depois abordar e prender. Devemos nos perguntar como suspeitaram que um ex-presidente da nação mais poderosa tivesse a posse de arquivos do Estado? O sistema de vigilância lá é falho?

O que há de comum nesses processos que visam a prisão de presidentes e ex-presidentes? É que todos eles têm forte apoio popular e poderiam se eleger com facilidade, conforme as pesquisas eleitorais.

No caso da Argentina e nos demais países, a polarização decorrente da crise com a falta de condições mínimas de sobrevivência da classe trabalhadora, a tendência do povo é votar no presidente que acham que irá resolver o problema e o país possa voltar ao normal.

Assim a tendência é do povo votar em Cristina Kirchner, mas o imperialismo tem outros planos. Querem colocar um presidente que continue com a política neoliberal e assim manter a dominação imperialista, com a entrega do patrimônio argentino aos monopólios do imperialismo. Se essa política tiver sucesso, levará ao caos ainda maior, aumentando a polarização e a possível guerra civil e à revolução, se os trabalhadores se levantarem contra isso.

Nessas primeiras décadas deste século são cerca de 12 presidentes ou ex-presidentes destituídos, presos, foragidos ou envolvidos. Parte deles ligados ao processo da Odebrecht da operação Lava-Jato que prendeu o ex-presidente Lula.

A crise é por demais gigante, e o imperialismo demonstra incapacidade de continuar a ditar as regras do comércio e da política internacional, como vemos na fuga desenfreada e vergonhosa das tropas americanas do Afeganistão, a incapacidade de enfrentar a Rússia na ação militar defensiva contra os EUA, Europa e Otan em território ucraniano, de enfrentar eficazmente a China na provocação em Taiwan. 

O império está entrando em colapso total e é a hora de acabarmos com ele de vez. Para isso é necessário que a classe trabalhadora local e nos demais países acordem da inércia e saiam às ruas contra o imperialismo e assumam de vez o controle e administração do estado, implantando uma nova ordem mundial. A ordem dos trabalhadores no poder, por um mundo justo, igualitário e fraterno que a burguesia prometeu e ainda hoje não conseguiu cumprir. É a hora da virada dos trabalhadores, à luta companheiros!

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