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"Toma de Bogotá"

Povo colombiano continua radicalizado nas ruas

Trabalhadores e jovens do país vizinho mantêm mobilização há mais de 40 dias e são um exemplo para o Brasil

As mobilizações na Colômbia contra a ditadura de Iván Duque, que é um fantoche do imperialismo, principalmente norte-americano, já duram 41 dias. Os protestos têm tomado conta de todo país e de forma radicalizada. São dias e noites em que a juventude e os trabalhadores, camponeses e indígenas mobilizados, quando atacados pelas forças de repressão do Estado mais particularmente o Esmad – Escuadrón Móvil Antidisturbios -, durante as manifestações, o confronto acontece. 

As manifestações começaram em 28 de abril, quando milhares de pessoas tomaram as ruas para protestar contra a proposta de reforma tributária. Apesar do governo, ao ver as mobilizações, ter recuado na proposta, as manifestações continuaram e levantaram novas reivindicações. Como por exemplo a questão da desigualdade social, o desemprego, a violência policial, entres outras. A reivindicação central das mobilizações neste momento é pela derrubada imediata do governo do fascista Iván Duque e todo o regime neoliberal. 

A situação na Colômbia

O Comitê Nacional de Greve convocou para ontem (9), a grande tomada de Bogotá, tendo sido relatada mais uma intensa repressão do Esmad. Junto às manifestações na capital, outras cidades também viram grandes protestos. O motivo principal da “Toma de Bogotá” é a recusa do governo Duque de conversar com as supostas lideranças das mobilizações. É importante deixar claro que neste momento uma parcela das direções tenta acabar com a mobilização através de acordos com o governo, o povo colombiano não pode cair nessa, precisa aumentar a mobilização para derrubar Duque e todo o regime político reacionário do país.

Apesar de que estava marcada para começar as 10h da manhã, a Tomada de Bogotá começou bem mais cedo. Às 5 h da manhã o sistema de transporte TransMilenio já informava que vários locais da capital estavam bloqueados e outros com dificuldade de acesso. Às 6:30h a Secretaria do Governo de Bogotá informou que um grupo de indígenas tentou derrubar a estátua de Cristóvão Colombo, que está localizada na Avenida el Dorado. Próximo às 11h, já havia confronto entre membros da comunidade indígena Misak e o Esmad.

A imprensa burguesa e parlamentares de direita na Colômbia, como não poderia deixar de ser, estão contra os atos e as manifestações. Se utilizando da pandemia, dizem que os manifestantes são irresponsáveis e vândalos, por outro lado alegam que os bloqueios nas estradas do país estão gerando grave crise econômica, ou seja a burguesia sente pelos seus lucros. Segundo a BBC, um grupo de empresários está sintonizado com as reivindicações das mobilizações, mas espera que elas terminem logo para o país continuar a “crescer” – ou seja, seu “apoio” é meramente demagógico, para ficarem “bem na fita” diante da total impopularidade de Iván Duque.

A mobilização chamada de El Paro Nacional que entra no seu 42º dia são centenas de bloqueios e marchas ao longo de todo país. O grande número de mobilizações nessa quarta (9), se dá no marco da visita de uma missão internacional dos direitos humanos para investigar violações de direitos humanos durante a Greve Nacional. De acordo com os últimos números já foram 75 pessoas assassinadas pelas forças de repressão, mais de 1.300 vítimas de violência física, quase 2.000 pessoas presas arbitrariamente, 65 feridos no olho, mais de 25 denúncias de abuso sexual, e mais ataques “civis” (grupos de extrema-direita) contra manifestantes e centenas desaparecidos.

No entanto, os colombianos nas ruas são um exemplo a ser seguido. No Brasil devemos repetir isso, fazer mobilização radicalizada enfrentando a polícia, ocupando as cidades. A Colômbia segue a tendência continental à mobilização, como foi no Chile, Bolívia, Honduras, Haiti, Paraguai e como está sendo no Brasil. Isso certamente influenciou o povo brasileiro, e na medida que o Brasil também se insurge nas ruas, isso empurra os outros povos, inclusive o colombiano, a elevar o nível das mobilizações.

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