O candidato a presidência do Chile, Gabriel Boric, do Partido Convergência Social, apoiado pelo Partido Comunista Chileno, derrotou o proto-fascista José Antônio Kast, do Partido Republicano, nas eleições de 2021. Ao contrário do que a esquerda pequeno burguesa e a mídia progressista e capitalista tanto celebram, a linha da política externa ja se revela, tal que irá focar no ataque aos governos verdadeiramente de esquerda, anti-imperalista, como Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Em entrevista ao jornal El Mundo espanhol, Juan Ignacio Latorre, senador e referência em política externa para Gabriel Boric, declara:
“Gabriel Boric fez críticas muito profundas aos governos do chamado eixo bolivariano, governos que foram questionados por suas violações dos direitos humanos, e também por políticas econômicas populistas com muitas dificuldades de seus próprios povos.”
Quando perguntado sobre a presença di Partido Comunista no governo, tranquiliza o entrevistado dizendo:
“O Partido Comunista é mais um partido, importante como partido de esquerda, mas não é hegemônico, longe disso. Insistimos que a política externa do Chile é determinada pelo presidente e o líder da coalizão é Gabriel Boric. Nada a temer, longe dessa caricatura de um governo de esquerda duro ou radical, ou de populismos. Queremos uma esquerda democrática, moderna e pluralista.”
A vitória de Boric nas eleições chilenas serviu de manobra para jogar água no caldeirão das mobilizações chilenas, as quais atingiram um nível de radicalidade pré-revolucionária, o candidato “esquerdista” atua contra as verdadeiras pautas da esquerda e vive de espantalhos, o identitarismo serviu de base de sustentação para sua campanha. A onda de esquerda que aparece nos países da América Latina não presenta um retorno das linhas progressistas, pelo contrário, os governos de “progressistas” mostram pautas da direita e do imperialismo, e servirá como a ponta de lança à esquerda para atacar países que tem uma política de soberania nacional e anti-imperalista.
O futuro presidente chileno é um pseudoesquerdista, seu governo se certamente irá se assemelhar ao de Pedro Castilho do Peru, que ao ter em posse o poder afunda toda suas posições em campanha e releva seu caráter sujo e direitista. Um governo que ataque Cuba, Nicarágua e Venezuela não são de esquerda, e sim mais um puxadinho norte-americano.