A justiça estadunidense, seguindo a determinação do “democrata” Joe Biden está buscando criar uma “Lava-Jato” internacional onde procura associar os governos da esquerda latino-americanos com o tráfico internacional, em especial as FARC.
Esta farsa internacional pode começar com as delações ao estilo Lava Jato de duas pessoas ligadas ao governo Maduro.
Uma é o ex-chefe da inteligência no período Hugo Chávez (1999-2013), o ex-general Hugo Carvaral, preso na Espanha em setembro e com a deportação solicitada pela justiça norte-americana desde 2019, mas ainda depende da autorização da justiça espanhola.
A outra pessoa é o empresário colombiano Alex Saab, retirado do avião comercial que realizava uma escala em Praia, Capital do Cabo Verde, em julho do ano passado quando se deslocava para o Irã para combinar a entrega de combustível. O fato de ter um passaporte diplomata venezuelano, em razão de desde 2019 ser o enviado especial da Venezuela para os países da África, foi ignorado pela justiça local.
Estava previsto para hoje o seu comparecimento ao tribunal em Miami para responder a uma acusação de lavagem de dinheiro e de corrupção.
No programa da Análise Política na TV 247, com o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, o apresentador Leonardo Attuch destacou estas deportações e relembrou que a jornalista espanhola Cristina Gueli teria dito que o ex-general Carvaral, apoiador do auto declarado golpista presidente venezuelano Juan Guaidó, motivo que fez perder a patente e sair da Venezuela, iria revelar as ligações entre o tráfico internacional e os governos latinos americanos ligados ao Fórum de São Paulo.
Ele também ressaltou que os grupos de whatsApp de direita já estão dizendo que estes dois vão fazer delações premiadas sobre estes governos, mostrando que os EUA vão estabelecer um processo no estilo Lava Jato no seu próprio país contra aqueles que estão se opondo ao imperialismo.
Isto tem sido utilizado para acusar o ex-presidente Lula de ligações com o narcotráfico e as FARC por Bolsonaro em entrevista a televisão italiana e de enriquecimento ilícito pela emissora Record. Fato que provocou que o PT entrasse com uma ação na justiça brasileira por calúnia e difamação.
O apresentador comentou que esta ação na justiça pode perder a sua legitimidade se uma delação premiada, ainda conseguida de modo Lava Jato, pode “confirmar” — nas regras arbitrárias do Judiciário brasileiro — a calúnia da reportagem da Record.
Rui Costa Pimenta concordou com a apreciação do apresentador e ressalta que “agora entraram os profissionais sem intermediários”, uma referência que o imperialismo passou atuar diretamente contra as lideranças da esquerda latino americana, “os donos do tipo da ação persecutória típica do imperialismo contra as organizações e os políticos dos países oprimidos” e destacou que isto é o primeiro grande ato da campanha de 2022.
Um alerta para os setores do PT satisfeitos pelos 50% de intenções de voto para Lula, segundo as pesquisas eleitorais, e consideram que só precisam esperar a chegada de outubro próximo. Além disso, o presidente do PCO prevê que a empresa capitalista não vai resumir estes ataques a esta questão, mas também vai considera culpado das acusações que foram anuladas no STF.
Ele salienta que o cidadão esta sendo extraditado para os Estados Unidos com um sistema penal que é um dos mais diabólicos do mundo. Um sistema que parece que a pessoa não vai sair nunca. Assim a pessoa vai dizer o que quiserem que ele fale, o que o carcereiro quiser ele vai falar. Para ele “a justiça aceita uma coisa que é inaceitável: a pessoa que está presa vai lá delatar outra pessoa sabendo que a situação é insustentável e ela vai aliviar uma pequena parte da tortura que ela vive denunciando outras pessoas”. Ele conclui, dizendo: “Não teria valor nenhum” e “A delação deveria ser voluntária”. Como vimos na Lava Jato brasileira.
Tanto o apresentador, Attuch, como Rui Costa Pimenta concordam que toda essa operação visa à derrubada dos governos ainda de esquerda na América Latina, Venezuela e Cuba e inviabilizar a candidatura do Lula. Assim é preciso saber quem esta do lado do imperialismo criminoso e do lado dos povos oprimidos. No Brasil somente a mobilização popular pelo Fora Bolsonaro mais principalmente por Lula Presidente pode bloquear esta operação.